sábado, 31 de dezembro de 2011

Embraer vai produzir aviões para a Força Aérea americana



Foto: Divulgação
O contrato de US$ 355 milhões foi assinado com a Sierra Nevada Corp., parceira da brasileira Embraer, para o fornecimento de 20 aviões turbohélice A-29 Super Tucano à Força Aérea do Afeganistão
Por Agência Estado
31 de Dezembro de 2011 às 09:31 Agência Estado

A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou que assinou um contrato de US$ 355 milhões com a Sierra Nevada Corp., parceira da brasileira Embraer, para o fornecimento de 20 aviões turbohélice A-29 Super Tucano à Força Aérea do Afeganistão, para treinamento e ataque ao solo. A outra opção para a Força Aérea norte-americana era o AT-6, produzido pela Hawker Beechcraft, que é um derivado de uma aeronave de treinamento atualmente usada pelos EUA.
Depois de a Força Aérea norte-americana anunciar que o AT-6 estava fora da disputa, a Hawker Beechcraft entrou com uma reclamação junto ao Escritório de Prestação de Contas do Governo dos EUA (GAO), mas esse órgão descartou a demanda. Em seguida, a Hawker entrou com um processo num tribunal federal, na tentativa de anular a decisão em favor do consórcio Sierra Nevada/Embraer. Em comunicado divulgado ontem, a Hawker Beechcraft disse que vai continuar a contestar a decisão.
"Isso é mais um exemplo da falta de transparência da Força Aérea ao longo dessa concorrência. Com esse acontecimento, agora parece ainda mais claro que a Força Aérea pretendia dar o contrato à Embraer desde o começo desse processo", diz o comunicado, assinado pelo CEO da Hawker, Bill Boisture.
Um porta-voz da Força Aérea dos EUA, tenente-coronel Wesley Miller, reagiu afirmando que a concorrência "foi conduzida de acordo com todas as leis e regulamentações aplicáveis" e que a avaliação dos aviões que disputavam a licitação "foi justa, aberta e transparente". Segundo comunicado da Embraer e da Sierra Nevada, os aviões serão produzidos na fábrica da Embraer em Jacksonville (Flórida), "por trabalhadores americanos, com peças de companhias americanas".

José Serra deseja "felis 2012" para seus seguidores no Twitter

O ano não poderia acabar sem uma última pérola. Carente de uma gramática, o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), mostrou todo seu conhecimento ortográfico e desejou um “felis 2012” aos tuiteiros, assim mesmo, com um “s” no final da palavra “feliz”. Clique na  imagem para ver a mensagem no  Twitter do Serra

E como na internet nada passa despercebido, a burrice do tucano rendeu um lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter. O termo “felis 2012” foi o terceiro mais comentado na rede social no início de noite desta sexta-feira (30).

Para tentar justificar o erro, Serra colocou a culpa no Ipad. Só que a emenda ficou pior que o soneto, e a desculpa virou motivo de galhofa entre os internautas. “Escrever Felis 2012 e colocar a culpa no iPad é o mesmo que um goleiro tomar gol e colocar a culpa no atacante”, comentou um tuiteiro.

É, José Serra!, não está fácil para ninguém.Esse método aplicado por você em São Paulo, o sistema de progressão continuada da rede estadual de ensino, que não deixa  alunos  ser reprovados,dá nisso. mas um “felis 2012” pra você também. Que o ano seja repleto de saúde e paz para os “brazileiros”. E pode deixar que todo mundo já sabe que você quer umas lições de português no próximo Natal.

Serra também não sabe matemática...Relembre outro mico de Serra

Do Blog da Helena™

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A lista dos acusados de tortura no regime militar

Dos papéis de Luiz Carlos Prestes consta um relatório do Comitê de Solidariedade aos Revolucionários do Brasil, de 1976. O documento traz uma lista de 233 torturadores feita por presos políticos em 1975

Alice Melo e Vivi Fernandes de Lima na Revista de História
O acervo pessoal de Luiz Carlos Prestes, que será doado por sua viúva, Maria Prestes, ao Arquivo Nacional, traz entre  cartas trocadas com os filhos e a esposa, fotografias e documentos que mostram diferentes momentos da história política do Brasil. Entre eles, o “Relatório da IV Reunião Anual do Comitê de Solidariedade aos Revolucionários do Brasil”, datado de fevereiro de 1976.
 
Neste período Prestes vivia exilado na União Soviética e, como o documento não revela quem são os membros deste Comitê, não se pode afirmar que o líder comunista tenha participado da elaboração do relatório. De qualquer forma, é curioso encontrá-lo entre seus papéis pessoais.
 
O documento é dividido em seis capítulos, entre eles estão “Mais desaparecidos”, “Novamente a farsa dos suicídios”, “O braço clandestino da repressão” e “Identificação dos torturadores”, que traz uma lista de 233 militares e policiais acusados de cometer tortura durante a ditadura militar. Esta lista foi elaborada em 1975, por 35 presos políticos que cumpriam pena no Presídio da Justiça Militar Federal. Na ocasião, o documento foi enviado ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Caio Mário da Silva Pereira, mas só foi noticiado pela primeira vez em junho de 1978, no semanário alternativo “Em Tempo”. Segundo o periódico, “na época em que foi escrito, o documento não teve grandes repercussões, apenas alguns jornais resumiram a descrição dos métodos de tortura”. O Major de Infantaria do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra é o primeiro da lista de torturadores, segundo o relatório. A Revista de História tentou ouvi-lo, mas segundo sua esposa, Joseita Ustra, ele foi orientado pelo advogado a não dar entrevista. “Tudo que ele tinha pra dizer está no livro dele”, diz ela, referindo-se à publicação “A verdade sufocada: a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça” (Editora Ser, 2010).
 
A repercussão da lista em 1978
 
A Revista de Históriaconversou com um jornalista que integrava a equipe do “Em Tempo”.  Segundo a fonte – que prefere não ser identificada – a redação tinha um documento datilografado por presos políticos. Era uma “xerox” muito ruim do texto, reproduzido em uma página A4. Buscando obter mais informações sobre o documento, os jornalistas chegaram ao livro “Presos políticos brasileiros: acerca da repressão fascista no Brasil” (Edições Maria Da Fonte, 1976, Portugal). Depois desta lista, o “Em Tempo” publicou mais duas relações de militares acusados de cometerem tortura.
 
Na época, a tiragem do semanário era de 20 mil exemplares, rapidamente esgotada nas bancas, batendo o recorde do jornal.
LEIA MAIS>>> e veja a Lista de Prestes

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Veronica Serra: explicações que não explicam

Do Blog Tijolaço, Postado por Fernando Brito
Criada 20 dias antes por um escritório de advocacia, a Decidir.Com foi assumida por Veronica Serra: "Era uma empresa real, com funcionários, faturamento, clientes e potencial de expansão." E deu zero de lucro?
A filha do senhor José Serra divulgou, 20 dias depois do lançamento de “A Privataria Tucana”, uma nota onde, mesmo não anunciando que vá processar Amaury Ribeiro Jr, diz-se vítima de “insinuações e acusações totalmente falsas”  e apresenta uma série de uma “explicações”.
Vários blogs já apontaram que não é verdadeira a afirmação de Verônica Serra ao dizer que “nunca fui ré em processo nem indiciada pela Polícia Federal; fui, isto sim, vítima dos crimes de pessoas hoje indiciadas”, porque  está, sim, indiciada pelo caso da quebra de sigilo bancário praticada pela sua empresa Decidir.com, da qual era vice-presidente. Nesta ação, são réus o jornalista da Folha que publicou os dados e James Rubio Jr. , presidente da Decidir.com. O processo (0000370-36.2003.4.03.6181) está em curso na 3ª Vara Criminal Federal.
D. Verônica, claro, como toda pessoa, conta a seu favor com a presunção da inocência.
Mas comparemos o que ela diz aos fatos. Primeiro, a dama:
2. No período entre setembro de 1998 e março de 2001, trabalhei em um fundo chamado IRR (International Real Returns) e atuava como sua representante no Brasil. Minha atuação no IRR restringia-se à de representante do Fundo em seus investimentos. Em nenhum momento fui sua sócia ou acionista. Há provas.
3. Esse fundo, de forma absolutamente regular e dentro de seu escopo de atuação, realizou um investimento na empresa de tecnologia Decidir. Como consequência desse investimento, o IRR passou a deter uma participação minoritária na empresa.
4. A Decidir era uma empresa “ponto.com”, provedora de três serviços: (I) checagem de crédito; (II) verificação de identidade e (III) processamento de assinaturas eletrônicas. A empresa foi fundada na Argentina, tinha sede em Buenos Aires, onde, aliás, se encontrava sua área de desenvolvimento e tecnologia. No fim da década de 90, passou a operar no Brasil, no Chile e no México, criando também uma subsidiária em Miami, com a intenção de operar no mercado norte-americano.
5. Era uma empresa real, com funcionários, faturamento, clientes e potencial de expansão. Ao contrário do que afirmam detratores levianos, sem provar nada, a Decidir não era uma empresa de fachada para operar negócios escusos. Todas e quaisquer transações relacionadas aos aportes de investimento eram registradas nos órgãos competentes.
Bem, por partes:
Primeiro, a International Real Returns não era uma empresa registrada no Brasil. Embora tenha sido apresentada, em 2001, na reportagem sobre seu casamento publicada pela Istoé como “sócia-presidente dos investimentos latino-americanos da International Real Returns (IRR), empresa de administração de ativos com US$ 600 milhões de capital europeu” a empresa não aparece como cotista de nenhuma outra nos arquivos da Junta Comercial de São Paulo.
A Decidir.Com brasileira não existia. Foi criada um mês antes da chegada de Verônica Serra  pelo advogado José Camargo Óbice, em seu escritório da Rua da Consolação e com capital de apenas R$100 e o nome de Belleville Participações S/A. Vinte dias depois é que virou Decidir Brasil S/A e, em mais 40 dias, elevou seu capital para R$ 5 milhões, ou  R$ 13 milhões, hoje, com a correção do IGP-M.
“Era uma empresa real, com funcionários, faturamento, clientes e potencial de expansão”, afirma D. Verônica. Deve ser mesmo, porque logo depois de sua saída, em março do ano seguinte, dobrou o seu capital social, embora o lucro no ano anterior, 2000, tenha sido zero, conforme está registrado no Diário Oficial, na ata da assembleia realizada em julho que aprovaa não distribuição de dividendos obrigatórios aos acionistas referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2000, tendo-se em vista a inexistência de lucros apurados no período, conforme as demonstrações financeiras da Sociedade”.
A CPI vai ajudar D. Veronica a mostrar como tudo é um negócio simples, claro, onde o dinheiro não aparece do nada e desaparece para o nada.

Biondi: O papel fundamental da mídia no pré-privataria

por Luiz Carlos Azenha
Para entender os crimes já desvendados cometidos durante a privatização no Brasil — sem contar os que ainda serão desvendados, durante a CPI das Propinas da Privataria Tucana, ou CPI das PPT — é importante ler o combo.
O combo:

O livro seminal de Aloysio Biondi já é difundido em PDF, pela Fundação Perseu Abramo.  Tem o volume dois, aqui.
Vamos reproduzir a íntegra, para permitir comentários dos internautas.
Na segunda parte, Biondi cita pela primeira vez, sem entrar em detalhes, o papel fundamental que a mídia desempenhou em “preparar” a opinião pública para a privataria.
LEIA MAIS>>>

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Veronica Allende Serra em resposta ao Privataria Tucana

Clique AQUI para baixar o livro em PDF
“Nunca fui ré em processo nem indiciada pela Polícia Federal” – Veronica Allende Serra em resposta ao Privataria Tucana Leia na integra aqui>>>

2003.61.81.000370-5. Este é o número do processo judicial, que corre em segredo de Justiça, contra Veronica Allende Serra. Ela está INDICIADA.

1 – É só pegar o número do processo 2003.61.81.000370-5 e procurar no site da Justiça Federal de São Paulo http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais
2 – Depois é só ir no final da página e clicar em TODAS AS PARTES.
Está lá: INDICIADO: VERONICA ALLENDE SERRA
O nome dela é o último da lista.
PROCESSO: 0000370-36.2003.4.03.6181
NUM.ANTIGA: 2003.61.81.000370-5
DATA PROTOCOLO: 20/01/2003
CLASSE:240 . ACAO PENAL
ASSUNTO: CRIME DE QUEBRA DE SIGILO FINANCEIRO (ART.10 DA LC 105/01) – CRIMES PREVISTOS NA LEGISLACAO EXTRAVAGANTE – PENAL
SECRETARIA: 3a Vara / SP – Capital-Criminal
SITUAÇÃO: NORMAL
TIPO DISTRIBUIÇÃO: DISTR. AUTOMATICA em 20/01/2003
VOLUME(S) : 2
LOCALIZAÇÃO: S.3 em 07/06/2011
AUTOR: JUSTICA PUBLICA
ADV.: Proc. RITA DE FATIMA FONSECA
ACUSADO: WLADIMIR GANZELEVITCH GRAMADO
INDICIADO: VERONICA ALLENDE SERRA
Wladimir Ganzelevitch é o jornalista que usou os dados da empresa de Verônica Serra (decidir.com), para publicar matéria no jornal Folha de São Paulo sobre cheques sem fundo de deputados.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Serra, Aécio e a guerra da imprensa, desde sempre.

Do blog de Luis Nassif:
Por trás da guerra entre tucanos mineiros (aecistas) e paulistas (serristas), havia também entre 2009 e 2010 uma luta entre jornais engajados.

O Estado de São Paulo e a Folha de S. Paulo não economizaram esforços para detonar toda e qualquer possibilidade de o então governador mineiro, Aécio Neves, ser o candidato tucano à Presidência.

Fato consumado, Aécio fora, o jornal mineiro não silenciou, quando a imprensa paulista, depois dos ataques ao correligionário, encabeçou campanha para tornar o ex-governador de Minas, meio à força, o vice da chapa.
Leia mais>>>

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Debate "A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia" - Barão de Itararé

Mesa do debate A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia:  Paulo Henrique Amorim,  Amaury Ribeiro Jr., e o deputado Protógenes, como debatedores; Renata Mielli e  Maria Inês Nassif, coordernadoras; entre ambas, Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários. Fotos: Felipe Bianchi/Barão de Itararé do Blog Viomundo/Luiz Carlos Azenha

Assista ao vídeo, está na íntegra, vale a pena:

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Listas De nomes: CPI da Privataria

Lista dos Deputados Federais que assinaram o requerimento para instalação de CPI da Privataria, Aqui>>
Lista dos Deputados Federais do PT que NÃO assinaram a Lista, Aqui>>

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

206 deputados assinam pedido de CPI da Privataria Tucana

Do Viomundo - Luiz Carlos Azenha
Deputado entrega pedido para criação da CPI sobre privatizações
O deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) entregou há pouco ao presidente Marco Maia o pedido para a criação da CPI sobre irregularidades em privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, já chamada de CPI da Privataria. O requerimento foi assinado por 206 deputados. A intenção é investigar as denúncias apresentadas no livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.
O livro acusa o ex-governador José Serra de receber propinas de empresários que participaram das privatizações conduzidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Protógenes disse que não teme pressões para que deputados retirem as assinaturas até a análise do processo para a criação da CPI. O presidente da Câmara, Marco Maia, explicou que as assinaturas serão conferidas pela Secretaria Geral da Mesa no início de 2012 e, se o pedido cumprir todas as exigências regimentais, a CPI será criada no próximo ano juntamente com as comissões parlamentares de inquérito sobre o tráfico de pessoas e sobre trabalho escravo.
Reportagem – Keila Santana/Rádio Câmara
Edição – Paulo Cesar Santos
PS do Viomundo: Solicitei há pouco ao assessor de imprensa do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) a lista dos parlamentares que assinaram o pedido . Ainda não está definido se será divulgada hoje ou no dia em que a CPI for instalada. Até o final da tarde, prometeu-me uma posição definitiva. Conceição Lemes

CPI da Privataria

Protógenes protocolou CPI com Marco Maia

“O deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) entregou há pouco ao presidente Marco Maia o pedido para a criação da CPI sobre irregularidades em privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, já chamada de CPI da Privataria. O requerimento foi assinado por 206 deputados. A intenção é investigar as denúncias apresentadas no livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.
O livro acusa o ex-governador José Serra de receber propinas de empresários que participaram das privatizações conduzidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Protógenes disse que não teme pressões para que deputados retirem as assinaturas até a análise do processo para a criação da CPI. O presidente da Câmara, Marco Maia, explicou que as assinaturas serão conferidas pela Secretaria Geral da Mesa no início de 2012 e, se o pedido cumprir todas as exigências regimentais, a CPI será criada no próximo ano juntamente com as comissões parlamentares de inquérito sobre o tráfico de pessoas e sobre trabalho escravo.”
Do site Tijolaço do Brizola Neto

domingo, 18 de dezembro de 2011

Para entender o fenômeno da "Privataria Tucana" e o silêncio da mídia




.......enquanto isso, este é o "Jornalismo Investigativo" das revistas Época e Isto é da semana:

  

DEBATE: A privataria Tucana e o Silêncio da Mídia

Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias, o livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Jr, será tema do debate “A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia”, promovido pelo Barão de Itararé, na próxima quarta-feira (21). Além do autor, também estarão presentes Paulo Henrique Amorim, jornalista e blogueiro, e Protógenes Queiroz, deputador autor do pedido da instalação da CPI da Privataria.

Na ocasião, também haverá o coquetel de lançamento do livro e festa de confraternização de fim de ano do Barão de Itararé. O evento acontece no Sindicato dos Bancários de São Paulo (Rua São Bento, 413), a partir das 19h.
Debate “A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia”

Participantes:
- Amaury Ribeiro Jr., autor do livro “A privataria tucana”
- Paulo Henrique Amorim, jornalista e blogueiro
- Protógenes Queiroz, deputado e autor do pedido da instalação da CPI da Privataria
Realização:
- Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
Apoio:
- Sindicato dos Bancários de São Paulo
Confira a página do evento no Facebook: Debate “A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia” + Coquetel de Lançamento
Contato:
contato@baraodeitarare.org.br
imprensa@baraodeitarare.org.br

A folha anunciando o Livro da privataria: Não tem preço

Enquanto isso, em suas páginas:
Do Blog da Cidadania

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

MPF-RJ pede que Chevron pague R$ 20 bi por vazamento

4 de dezembro de 2011 17h50 atualizado às 20h09
  O Ministério Público Federal (MPF) em Campos (RJ) pediu à Justiça Federal que a petroleira americana Chevron pague indenização de R$ 20 bilhões pelo vazamento no Campo de Frade. O órgão quer ainda que a empresa e a Transocean tenham suas atividades suspensas no Brasil, sob pena de multa diária de R$ 500 milhões.
O MPF afirmou que as duas empresas não foram capazes de controlar os danos causados pelo vazamento de cerca de 3 mil barris de petróleo, que começou no dia 7 de novembro. Segundo o procurador Eduardo Santos de Oliveira, elas demoraram para fechar o poço e cimentar as fontes de vazamento. Além disso, a técnica utilizada pela Chevron não surtiu efeito, pois o cimento usado seria instável, ainda conforme o procurador.
De acordo com o MPF, a Chevron admitiu que houve falha de cálculo para a exploração do óleo, alegando que a pressão no reservatório era maior que a estimada e a primeira camada de rocha era menos resistente que o previsto. Contratada pela Chevron e responsável pela perfuração, a Transocean empregava no poço a plataforma Sedco 706, a mesma utilizada à época do vazamento de óleo no Golfo do México, em abril de 2010. Mais de 700 milhões de litros vazaram na ocasião, após uma explosão que matou 11 trabalhadores.
O vazamento no Rio ocorreu quando a Chevron perfurava um novo poço cerca de 200 m distante do local onde a empresa produz aproximadamente 75 mil barris de petróleo por dia. Segundo a companhia, uma pressão inesperada de petróleo no poço em perfuração fez com que o óleo vazasse e se infiltrasse em rachaduras na rocha marinha. Esse petróleo, posteriormente, conseguiu chegar à água por meio de outras fraturas na rocha.
Chevron não foi notificada
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Chevron afirmou que tomou conhecimento que o MPF informou a imprensa sobre a ação, mas não foi notificada oficialmente sobre ela ainda. A empresa disse que também não recebeu nenhuma instrução a respeito da suspensão das suas operações das agências regulatórias.
Em nota, a petroleira afirmou que "a fonte do óleo foi interrompida em quatro dias e a empresa continua a progredir significativamente na contenção de qualquer afloramento de óleo residual. A empresa também continua a combater a mancha de óleo na superfície, cujo volume hoje é de menos de um barril". A companhia disse ainda que "não houve impactos na costa brasileira ou na vida marinha" em função do vazamento.
Terra

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TAM e LAN formam maior empresa aérea da America Latina
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BRASÍLIA, 14 dez 2011 (AFP) -O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira a fusão da TAM com a chilena LAN, permitindo a criação da LATAM, a maior empresa aérea da América Latina, informou a Agência Brasil. ...
Cade aprova Latam com restriçõesMonitor Mercantil
Fusão TAM-LAN é boa no início, mas preços podem subir depois ...Economia.UOL
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Após ser solto, Valério se diz inocente e volta para BH
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O empresário e publicitário Marcos Valério, que estava preso havia 12 dias em Salvador, deixou na manhã desta quarta-feira (14) a carceragem da Polinter, na capital baiana, e declarou ser inocente. Ele foi acusado de falsificação de documentos e ...
STJ manda soltar Marcos ValérioRepórter Diário
Solto, Marcos Valério diz ser vítima de 'jogo político'Jornal Agora
Empresário Marcos Valério é solto em SalvadorDiário do Pará
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França vai liberar US$ 300 mi do patrimônio líbio
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A França vai liberar nos próximos dias 230 milhões de euros (300 milhões de dólares) para as autoridades líbias, e ajudará na restituição do restante do patrimônio governamental congelado no exterior, disse o chanceler Alain Juppé em visita a Trípoli ...

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Protógenes quer apresentar ainda hoje pedido de criação da CPI da ...
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O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-RJ) pretende apresentar ainda hoje (14) à Mesa Diretora da Câmara o pedido de criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o esquema de lavagem de dinheiro apontado pelo livro Privataria ...
Protógenes quer criar CPI das PrivatizaçõesBand
CPI da Privataria ganha adesão até de tucanos na CâmaraRede Brasil Atual
“Privataria tucana”: deputados pedem CPI e audiência pública na CâmaraJornal Correio do Povo de Alagoas
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A mulher afegã que ganhou destaque internacional ao ser condenada à prisão por "adultério forçado" depois que foi estuprada por um parente foi libertada duas semanas depois de obter a sentença favorável, informou sua advogada, nesta quarta-feira. ...
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BA: parte de prédio desaba e operário morre sob escombros
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Operário que trabalhava em demolição de prédio em Salvador morre ...JC OnLine
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A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) prometeu entrar com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir a posse de Jader Barbalho (PMDB-PA) no Senado. Ela estranhou o fato de a decisão em favor de Jader Barbalho ter sido tomada por ...
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STF acatou pedido da defesa de Jader Barbalho após pressão do PMDBJornal do Brasil
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Revista Time escolhe figura do manifestante como personagem do ano
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“Da Primavera Árabe a Atenas; do Occupy Wall Street a Moscou”. Com essa frase e com o desenho de uma pessoa com o rosto coberto em sua capa, a revista norte-americana Time escolheu o “manifestante” como o Personagem do Ano de 2011. ...
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Revista Time elege os "manifestantes" como Personalidade do AnoAdministradores
'O Manifestante' é a personalidade do ano, segundo revista 'Times'SRZD
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Blog do Mello: Reportagem da IstoÉ de março de 2002 do autor da P...

Blog do Mello: Reportagem da IstoÉ de março de 2002 do autor da P...: A seguir reproduzo a reportagem Caixa Explosivo, escrita pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr (três Prêmios Esso e quatro Prêmios Vladimir Herz...
Nesta reportagem de 2022, a prova de que o Trabalho de investigação do Jornalista Amaury Ribeiro Jr teve início a 10 anos.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Entrevista com Amaury Ribeiro, autor do livro que revela esquema de propina em privatizações do governo FHC

Um esquema de propina na época das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso virou livro. Lançado com 15 mil cópias, A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., já está esgotado nas livrarias do país.
Segundo o autor, um dos principais beneficiários do esquema teria sido o tucano José Serra e familiares dele. Amaury diz também que Serra montou um esquema para espionar o então governador mineiro Aécio Neves, que estava crescendo junto às bases do PSDB.
Para Amaury, o livro não foi bem recebido na imprensa por fazer muitas críticas sobre o comportamento da mídia nas eleições. Ainda de acordo com ele, Serra tentou negociar com o dono da editora para tentar barrar o livro.

- Ele nunca quis que o livro viesse à tona e ficava desequilibrado quando citavam meu nome. Assista à entrevista no Jornal da Record News:
             

Os bons negócios do JP Morgan com Verônica Serra e com o homem da Citco, a empresa do Caribe

Vamos contar duas histórias, que estão à espera do nosso famoso “jornalismo investigativo”.
Apenas fatos e documentos, sem qualquer ilação.
Os bons negócios do JP Morgan com Verônica Serra e com o homem da Citco, a empresa do Caribe

sábado, 10 de dezembro de 2011

Nirlando Beirão fala sobre o livro (esgotada a primeira edição) de Amaury Ribeiro Jr.

      

Com Texto Livre: Guerra de Aécio com Serra foi que abriu a caixa pr...

Com Texto Livre: Guerra de Aécio com Serra foi que abriu a caixa pr...: Livro “A Privataria Tucana” nasceu do pedido de Aécio Neves para que o jornal Estado de Minas investigasse o rival José Serra; escrito pelo ...

Este é o Brasil que a TV esconde

Itaguaí RJ- Andamento das obras de construção da Base e Estaleiro de Submarinos em novembro de 2011

A reportagem de Amaury é um processo penal.

West Bay, Tortola, Ilhas Virgens:o esconderijo dos
privatas brasileiros no Caribe.
... é uma fantástica coleção de provas. Os registros, transferências de dinheiro, as operações, a entrada de dinheiro com capitalizações fajutas de empresas, o tráfico de influência, a gestão temerária, a advocacia administrativa, a corrupção estão retratadas, em inglês e português, nos seus mínimos detalhes, no que deve ter sido uma longa e penosa missão de reportagem.
Reportagem? Não, “os livros” de Amaury não são  uma reportagem.
Deveriam ser olhados como a instrução de um processo criminal.
É a ísso que o Ministério Público está desafiado.
Amaury Ribeiro já “instruiu os autos”.
É com os senhores, senhores promotores.
LEIA MAIS>>A reportagem de Amaury é um processo penal.
No Blog do Brizola Neto
Leia também: Chega às livrarias ‘A Privataria tucana’, de Amaury Ribeiro Jr.
AQUI: Entrevista com Amaury Ribeiro Jr: Quem é o Dr. Escuta? e o cap. 8 do livro.

Professor VIRTUAL: Chega às livrarias ‘A Privataria tucana’, de Amaur...

Professor VIRTUAL: Chega às livrarias ‘A Privataria tucana’, de Amaur...: Não, não era uma invenção ou uma desculpa esfarrapada. O jornalista Amaury Ribeiro Jr. realmente preparava um livro sobre as falcatruas das ...

A petição do MPF contra Serra e Preciado

Você vê isso na mídia tradicional? O que é
aLieNaçAo??

A petição do MPF contra Serra e Preciado


De Odorico Nilo
AÇÃO CAUTELAR 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA PROMOVIDA PELO MPF (MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL) CONTRA 18 ACUSADOS ENTRE ELES O TESOUREIRO (ARRECADADOR) DAS CAMPANHAS DE SERRA E FHC EM ELEIÇÕES ANTERIORES, PRIMO, AMIGOS, SÓCIOS E EMPRESAS DE JOSÉ SERRA.
4a. VARA FEDERAL DE BRASÍLIA
PROCESSO NÚMERO: 2002.34.00.029731-6
PODE SER CONSULTADO NO SITE OFICIAL DA JUSTIÇA FEDERAL DE BRASÍLIA:
Tape o nariz e http://processual.trf1.jus.br/consultaProcessual/processo.php?secao=DF&proc=200234000297316
ABAIXO EXTRATOS DA PETIÇÃO INICIAL (são mais de 200 páginas) DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL - 1a. PARTE:
LEIA MAIS>>>

Leia aqui sobre o Livro do Amaury Ribeiro Jr.

domingo, 27 de novembro de 2011

Caso Chevron: a mídia tradicional tomou um olé da blogosfera.

A grande imprensa foi passiva e demorou a perceber a gravidade do vazamento da Chevron

Suzana Singer
O óleo subiu… e a gente não viu
Na cobertura do acidente ecológico na bacia de Campos (RJ), a mídia tradicional tomou um olé da blogosfera. A chamada “grande imprensa” demorou a entender a gravidade do que estava acontecendo, reproduziu passivamente a versão oficial e não fez apuração própria.
O vazamento ocorreu na segunda-feira, dia 7 de novembro, quando a pressão do óleo provocou uma ruptura do revestimento do poço. O líquido começou a subir pela coluna de perfuração e vazou também pelas fissuras do solo marinho.
A mancha de óleo foi vista no dia seguinte por petroleiros. Acionada, a norte-americana Chevron informou as autoridades, na quarta-feira, de que o vazamento acontecia em uma de suas plataformas.
No dia seguinte, agências de notícias divulgavam o incidente, com a porta-voz da Chevron falando em “fenômeno natural” e calculando um escape pequeno de óleo.
Só “O Globo” deu destaque ao assunto, mas em um texto tão editorializado que perdia o foco do acidente. O que acontecia no campo do Frade era só mais uma prova da “necessidade de Estados produtores de petróleo terem uma fatia maior dos royalties”. A Folha limitou-se a dar uma pequena nota.
Veio o fim de semana, quando a inércia toma conta das Redações. “Mercado” publicou no sábado, dia 12, uma capa sobre a queda do lucro da Petrobras e, no domingo, um imenso infográfico mostrando como funcionam as sondas de perfuração, sem fazer ligação com a Chevron. Sobre o acidente, só uma nota registrava que o vazamento aumentara.
Enquanto isso, uma luz amarela tinha acendido na blogosfera. O assunto circulava nas redes sociais. No dia 10, o geólogo norte-americano John Amos, 48, da SkyTruth, uma ONG ambientalista que trabalha com fotos aéreas, divulgou em seu site, no Twitter e no Facebook, as primeiras imagens da mancha.
O jornalista Fernando Brito, do blog “Tijolaço.com”, já dizia que a “história estava mal contadíssima”, porque “não é provável que falhas geológicas capazes de provocar um derramamento no mar deixem de ser percebidas nos estudos sísmicos que precedem a perfuração”.
No dia 15, a SkyTruth volta à ação e publica mais duas fotos mostrando que a mancha tinha crescido. “É dez vezes maior do que a estimativa da Chevron”, aposta Amos.
Instigados pelos blogs, leitores começam a cobrar: “A senhora acredita que a cobertura está correta?”, “E se fosse a Petrobras?”.
Só com a entrada da Polícia Federal no caso, a Folha e seus concorrentes começaram a se mexer de fato. O conselho jornalístico “follow the money” virou no Brasil, por preguiça, “follow the police”.
No dia 17, com o inquérito policial aberto, o assunto finalmente foi capa de “Mercado” e ganhou um tom cético -pela primeira vez se aponta possível negligência da empresa. De lá para cá, toda a imprensa subiu o tom e, numa tentativa de compensar o cochilo inicial, vem cobrando duramente a Chevron, que admitiu “erros de cálculo”.
Não é mesmo fácil saber o que acontece em alto-mar, mas, um ano e meio depois da grande tragédia ambiental do golfo do México, é indesculpável engolir releases divulgados por petrolíferas.
Além de recorrer a ONGs e especialistas, os repórteres poderiam ter procurado os petroleiros. O sindicato tinha divulgado uma nota no dia 10. “Os jornais brasileiros foram decepcionantes”, diz C.W., funcionário da Petrobras que sentiu o cheiro do vapor de óleo cru, mesmo estando a cerca de 15 km do local.
Para evitar que seu nome aparecesse, ele pediu à namorada que avisasse a mídia. Ela escreveu para a Folha e para o “Estado” no dia 11:
“Boa noite, Ainda está vazando óleo na bacia de Campos, o vazamento já percorreu quilômetros. É necessário averiguar, pois noticiaram o ocorrido, mas não deram a devida atenção.”
O caso Chevron mostra que faltam jornalistas especializados em cobrir petróleo, o que é grave num país que tem uma estatal do tamanho da Petrobras e que pretende ser uma potência da área com a exploração do pré-sal.
John Amos, da SkyTruth em West Virginia, deixa um alerta: “Se todos esquecerem rapidamente o acidente, porque o vazamento não foi tão grande quanto o do México, aí sim será uma tragédia. Essa é uma oportunidade de questionar a gestão da exploração em águas profundas, em territórios arriscados. Porque haverá um novo acidente. E vocês devem estar preparados para isso”.
Postado por Fernando Brito no Blog do Brizola Neto 24 comentários
Suzana Singer é Ombudsman da Folha de São Paulo

O Globo mentiu: Chevron vaza o dobro da Petrobras

Do Blog Tijolaço - Brizola Neto
O ódio de O Globo à Petrobras é um péssimo conselheiro para seus profissionais.
Porque, na ânsia de cumprir a pauta que recebem, acabam fazendo um mau jornalismo.
Ora, além do fato de aceitar passivamente o número fornecido pela Chevron, quando todos sabem que a empresa fez (e faz) o que pôde para “dourar a pílula” deste derrame, ignorou um fato essencial.
É que a Chevron, no Brasil, tem apenas uma dezena de poços e produz 79 mil barris diários. E a Petrobras produz 2.600 mil barris/dia, tem milhares de poços,  doze refinarias, milhares de quilômetros de oleodutos, dezenas de terminais de embarque e desembarque de petróleo e derivados, em terra e no mar, e uma frota enorme de navios petroleiros.
É, portanto, uma comparação estapafúrdia. Igual a dizer, apenas como exemplo, que uma empresa enorme como a Volkswagen teve o dobro de acidentes de trabalho, porque duas pessoas se machucaram lá no ano passado, do que a Oficina do Zezinho, onde ele trabalha com um ajudante, porque o dito Zezinho se feriu ali em 2010.
Se o jornal quisesse ser honesto, faria o que este modesto blog, com o Google apenas, fez.
Leria no mesmo relatório de sustentabilidade de onde tirou os dados, está escrito que  estava sendo mantida  sendo mantida a tendência de níveis de vazamento na Petrobras ” inferiores a um metro cúbico por milhão de barris de petróleo produzidos, um referencial de excelência na indústria mundial de óleo e gás”.
E se perguntaria: isso é referência de excelência? Então, quanto será o de outras grandes petroleiras, como a Chevron?
E acharia o último número tornado disponível pela empresa, o de 2007. Para uma produção então de 2.620 mil barris/dia (praticamente igual à da Petrobras) , os vazamentos de petróleo, segundo os números oficiais da própria Chevron, somaram 9.245 barris, muito mais que o dobro da petroleira brasileira. Estatisticamente, o volume dos acidentes com a Petrobras, em 2010, é 55% menor que o da gigante americana.
Mas a cegueira provocada pelo ódio leva àquela comparação desonesta. Desonesta, com a Petrobras e, sobretudo, desonesta com o leitor.
E é desonesta porque é sabido que, se tem deficiências, os sistemas de segurança da Petrobras são reconhecidos como excelentes por todos, como registrou, esta semana, até mesmo  Miriam Leitão, totalmente  insuspeita de simpatias pela empresa:
“A Petrobras trabalha com políticas de redundância na operação, tem equipes para situações de emergência. É preciso saber se esse protocolo está sendo usado por outras empresas que operam no Brasil.”
Ou será que nem O Globo leva a sério o que diz a Miriam Leitão?

sábado, 26 de novembro de 2011

Franklin Martins: “Ninguém pode engavetar a Constituição”

por Luiz Carlos Azenha

O ex-ministro Franklin Martins quer que o Partido dos Trabalhadores apresente um marco regulatório das comunicações baseado no cumprimento da Constituição de 1988.
“Não se arranha a Constituição, mas não se deixa a Constituição na prateleira. Ninguém pode ferir a Constituição. Ninguém pode engavetar a Constituição. Devemos ter no marco regulatório a Constituição na forma de marco. Na íntegra”.
Franklin usou uma cópia da Constituição como “prop” durante boa parte de sua apresentação; ao final, diante de militantes e jornalistas, leu os trechos da Constituição relevantes para o debate. “Está tudo ali”, disse, antes da leitura.
O ex-ministro gastou um bom pedaço de sua fala com um tema antigo: a tentativa das corporações de mídia de interditar o debate, alegando que a proposta de um marco regulatório equivale a censurar a imprensa ou ameaçar a liberdade de expressão.
Franklin lembrou que é filho de um jornalista que foi preso cinco vezes durante a ditadura Vargas. O jornal do pai foi censurado. O ex-ministro disse também que todos os que lutaram contra a ditadura militar no Brasil, que nos infelicitou de 1964 a 1985, também lutaram contra a censura. Sem ironia, lembrou que alguns dos que se arvoram defensores da liberdade de imprensa e de expressão, hoje, colaboraram com o regime militar ou pregaram a derrubada do governo constitucional de João Goulart.
Franklin disse que o quadro regulatório do setor, hoje, é o do “jeitinho”, dos “laranjas”, um “cipoal de gambiarras”, a “terra de ninguém”, a “lei da selva”. Lembrou que o Código Brasileiro de Telecomunicações, que rege o setor de rádio e televisão, em breve vai completar 50 anos: é de 1962.
Disse que os empresários brasileiros da radiodifusão, a um debate aberto, amplo e transparente, parecem preferir um acerto de bastidores entre eles, as empresas de telefonia e alguns funcionários do governo. Franklin definiu este acerto entre quatro paredes como um “rachuncho”. Disse que um acerto do gênero não daria certo em uma sociedade sofisticada como a brasileira.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Fernando Brito: ‘Omissão criminosa da Chevron-Texaco, cumplicidade escandalosa da mídia’

por Conceição Lemes
No dia 10 de novembro, quinta-feira, a Agência Estado publicou esta nota:
“A unidade brasileira da petroleira norte-americana Chevron-Texaco informou que está trabalhando para conter um vazamento no campo Frade, na Bacia de Campos. “O vazamento se deve a uma rachadura no solo do oceano. É um fenômeno natural”, disse Heloisa Marcondes, porta-voz da Chevron-Texaco Brasil.
O campo de Frade, operado pela petroleira estadunidense Chevron-Texaco, fica a 350 km do Rio de Janeiro. O acidente, sabe-se só agora,  aconteceu na segunda-feira, 7 de novembro. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) tomou conhecimento no dia 9, mas só o tornou público no dia 10. O primeiro alerta público foi dado pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro) ainda na quarta-feira, 9.
Nos dias 11, 12, 13, 14 e 15, a mídia se limitou a reproduzir as notas oficiais da Chevron-Texaco e da Agência Nacional de Petróleo (ANP). E, ainda assim, em matérias pequenas, em pé de página, escondidas. Nenhuma cobrança maior. Aliás, nenhum grande veículo se empenhou para saber o tamanho e a causa do vazamento.
O jornalista Fernando Brito, do blog Tijolaço, do deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ), não engoliu a versão da empresa e desde o dia 11 começou, solitariamente, a questioná-la. De lá até hoje foram 21 artigos, denunciando o desastre ambiental, o comportamento da mídia e as mentiras da Chevron-Texaco. LEIA MAIS>>
Leia também: Os bastidores de um encobrimento 
A criminosa omissão da Chevron é maior ainda