sábado, 28 de janeiro de 2012

Você votaria em candidato descontrolado?

Você votaria em candidato descontrolado?

Esse homem descontrolado é uns dos candidatos á prefeito de S.Paulo pelo PSDB

Com o dedo na cara da manifestante, Andrea Matarazzo discute em 'Ato pró-Pinheirinho'...Quando a polícia, sob o comando do PSDB,não aparece no protesto para bater, candidato tucano se encarrega de agredir mulher. Maria da Penha Nele!

O secretário da Cultura do Estado de São Paulo, Andrea Matarazzo, discutiu com manifestantes do 'Ato pró-Pinheirinho' em frente ao Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP)

Os manifestantes protestavam contra a violência empregada durante a ação de reintegração de posse do terreno do Bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, que era ocupado por cerca de 2 mil pessoas.( Informações Estadão No blog da Helena)

Juíza Márcia Loureiro envergonha a raça humana

Soninha Francine fumou bagulho estragado

Soninha chama moradores do Pinheirinho de criminosos 

Tales Faria - Poder Online

Pré-candidata do PPS a prefeita de São Paulo, a ex-vereadora Soninha Francine afirmou em seu perfil no twitter que os moradores do Pinheirinho são criminosos:

- Esses são criminosos se aproveitando da situação, não apenas pessoas comuns lutando por suas terras.

A mensagem, em inglês, foi em resposta a um post de um de seus seguidores, que publicou uma imagem da ação com a seguinte legenda:

- Imagem de pessoas defendendo suas terras com escudos de barris cortados, bastões improvisados ​​e capacetes.

Soninha tem 64 mil seguidores no twitter.

Pinheirinho: da emoção do repórter à voz de Maierovitch


Do JR News, com Heródoto Barbeiro

Repórter se emociona ao entrevistar as famílias expulsas do Pinheirinho (SP)

O jurista Walter Maierovitch conversa com Heródoto Barbeiro e Andrea Beron sobre a reintegração de posse no Pinheirinho em São José dos Campos (SP).

LEIA TAMBÉM: União faz levantamentos para desabrigados do Pinheirinho

UFC, BBB e o naufrágio da mídia

Por Alberto Dines, no Observatório da Imprensa:

O desbunde não ocorreu nas praias: as chuvas torrenciais e as temperaturas suportáveis em grande parte do país levaram todos para dentro de casa. Então o país mergulhou na TV para assistir ao espetáculo da equalização absoluta: enfim a sociedade sem classes, literalmente desclassificada, nivelada por baixo, babando de prazer, brutalizada e feliz da vida por estar sendo enganada.

Esta nova luta chamada UFC-MMA não pode ser considerada esporte. É uma armação comercial, manipulada, montada por espertalhões e avalizada por um sistema midiático que se associou para anestesiar o nosso senso crítico. Esta modalidade pugilística inventada pela família Gracie seria inofensiva se a mídia inteira – rádios, TV aberta, TV por assinatura, jornalões sizudos, jornalecos e portais-bolha da internet – não se acumpliciasse para promover “a competição do futuro”. Nas TVs e rádios, jornalistas jovens, lindas e animadas, anunciavam o “fenômeno que está apaixonando crianças e mulheres.” Isso é criminoso, sobretudo em concessões públicas.

A Rede Globo tem o direito de comprar os produtos que considera compatíveis com os seus paradigmas, mas o resto da mídia (principalmente a Folha de S.Paulo e a Veja) não precisa aderir a essa escancarada prostituição que infecta e contagia as demais modalidades jornalísticas que pratica.

Além dos limites

O colunista de O Globo Zuenir Ventura merece o aplauso por denunciar esta onda de violência física e moral (ver “Por fora da moda” e “O código da discórdia”). Este observador adoraria citar outros nomes. Ainda não apareceram: nesta temporada as consciências também entram de férias.

A nova edição do BBB foi parar no horário nobre e na capa dos jornalões numa audaciosa e despudorada jogada de marketing televisivo. Pura enganação. De novo: as Organizações Globo têm o direito de badalar seus lançamentos da forma que lhes aprouver, ela é craque. Mas a concorrência tem obrigação de exercer o contraditório. Se não o fizer, caracteriza o oligopólio. Uma mídia que limita suas obrigações fiscalizadoras compromete sua credibilidade e seu compromisso com a independência.

Veja conseguiu destacar-se com a matéria de capa da edição 2253. Só cometeu um erro: a chamada de capa com uma interrogação tira dela toda convicção. Neste caso justifica-se o ponto de exclamação: “Passou dos limites!” Sem veemência parece adesão.

Neste verão a mídia está passando dos limites: igualzinha à Costa Cruises, proprietária do Costa Concordia, que recomendou aos comandantes aproximar seus barcos dos vilarejos do litoral para animar o espetáculo turístico. O naufrágio era inevitável.

Blinder e Mainardi: agentes do Mossad?

Blinder e Mainardi: agentes do Mossad?



Por Altamiro Borges

Caio Blinder e Diogo Mainardi, conhecidos por seus comentários patéticos e fascistas na TV Globo, exageram na dose na semana passada. Eles defenderam abertamente o assassinato de cientistas iranianos no programa Manhattan Connection, da Globo News. Em qualquer país mais sério, com um mínimo de regulação da mídia, os dois seriam investigados por suas opiniões terroristas.

A denúncia do caso Pinheirinho à OEA

sábado, 28 de janeiro de 2012


Leia também:

Comparato leva Pinheirinho à OEA PHA

Grupo de juristas quer denunciar violações no Pinheirinho à OEA no blog do Saraiva

A denúncia do caso Pinheirinho à OEA

Manifesto pela denúncia do caso Pinheirinho à Comissão Interamericana de Direitos Humanos:

No dia 22 de janeiro de 2012, às 5,30hs. da manhã, a Polícia Militar de São Paulo iniciou o cumprimento de ordem judicial para desocupação do Pinheirinho, bairro situado em São José dos Campos e habitado por cerca de seis mil pessoas.

A operação interrompeu bruscamente negociações que se desenrolavam envolvendo as partes judiciais, parlamentares, governo do Estado de São Paulo e governo federal.

Com contas desaprovadas, PSDB-SP perde fundo

Com contas desaprovadas, PSDB-SP perde fundo 
Foto: Agência Brasil no Brasil 247

Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo diz que o partido se valeu de R$ 56,2 mil de origem não identificada em 2009; decisão suspende por um ano o direito da legenda ao repasse de cotas do fundo partidário; tucanos terão de devolver R$ 87,9 mil

27 de Janeiro de 2012 às 21:36
Fernando Porfírio _247 - O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo desaprovou na quinta-feira (26) a prestação de contas do PSDB, referente ao exercício de 2009. A decisão suspende pelo prazo de um ano o direito do partido ao repasse de cotas do fundo partidário. O Tribunal também decidiu que os tucanos deverão devolver ao fundo o valor de R$ 87,9 mil.
O desembargador Mathias Coltro, relator do processo, disse que partido valeu-se de recursos de origem não identificada, no valor de R$ 56.250,50, referentes a doações de pessoas jurídicas, contribuições de parlamentares e de filiados.
Além disso, de acordo com o desembargador que é vice-presidente do TRE paulista, foram detectadas diversas irregularidades na aplicação do fundo partidário.
Entre as irregularidades estão a falta de comprovação de gastos no valor de R$ 52.708,80 feitos com despesas de locação de bens imóveis, além de R$ 7.829,60 de obrigação de aluguel. Mathias Coltro destacou ainda que os tucanos receberam em 2009 R$ 939.035,87 de cotas do fundo partidário.
A lei 9.096/95 determina que se for constatada que na prestação de contas o partido não mencionar a origem de recursos a agremiação pode ter suspenso o recebimento das cotas do fundo partidário. Cabe recurso da decisão.

Reuters: Buck e Chevron serão acusados de crime

Do Tijolaço

Da Agência Reuters, na noite desta quinta-feira:
SÃO PAULO, 26 Jan (Reuters) – Um promotor público no Brasil pretende entrar com uma ação criminal contra a petroleira norte-americana Chevron e seus funcionários no país em questão de semanas, adicionando a ameaça de prisão à ação civil que tramita na Justiça e que pede 20 bilhões de reais de indenização pelo vazamento de petróleo ocorrido em novembro.
A ação civil impetrada no tribunal federal em Campos (RJ) provavelmente incluirá um pedido para o indiciamento criminal de George Buck, presidente-executivo da unidade brasileira da Chevron, e de outros funcionários da empresa, disseram à Reuters três membros do governo brasileiro envolvidos no caso.
Funcionários da Transocean, maior operadora global de plataformas de petróleo e fornecedora da unidade usada na perfuração que causou o vazamento, também deverão ser indiciados criminalmente, afirmaram as fontes, que pediram anonimato porque o pedido do promotor ainda não foi apresentado a um juiz.
Ficará a cargo de um juiz decidir se serão aceitos os indiciamentos.
Leia aqui a matéria na íntegra.

Aos urubus: o Brasil tem pleno emprego

Postado por Fernando Brito do Tijolaço 11 comentários
A taxa de desemprego no Brasil, medida pelo IBGE nas regiões metropolitanas, ficou abaixo de 5%: 4,7% em dezembro, queda de 0,5% em relação a novembro, que já era a menor registrada em toda a série de pesquisas,  desde 2002.
Cinco por cento é, cabalismos à parte, o número que se convenciona atribuir à condição de pleno emprego, pois representaria a rotatividade natural da mão-de-obra.
É um desempenho diante do qual nem a Miriam Leitão consegue ser pessimista. Embora a Folha praticamente esconda a notícia e destaque que o rendimento “perdeu ritmo” em 2011 pois  ao crescer 2,7% reais (descontada a inflação) na média anual, isso foi “quase um ponto percentual a menos do que em 2010, quando o avanço havia sido de 3,8%.”
Embora, lá no último parágrafo da matéria, acabe por registrar o que diz o coordenador da pesquisa de emprego do IBGE, Cimar Azeredo Pereira que “o aumento da renda (ainda que mais modesto), a queda da taxa de desemprego e o avanço da formalização mostram que o mercado de trabalho pouco sentiu os reflexos da atual crise, diferentemente do que ocorreu em 2009″.

O drama da Espanha

Postado por Fernando Brito do Tijolaço 3 comentários
Jan
Posto aí em cima o video da Euronews sobre o recorde de desemprego na Espanha, assunto do qual se tratou aqui há dias.
Hoje, os números mostraram um novo recorde: perto de 23% da população ativa sem emprego, ou 5,3 milhões de pessoas.
1,5 milhão de lares não têm sequer uma pessoa empregada.
Há protestos, mas também já há sindicatos concordando com a eliminação de direitos trabalhistas para, em tese, aumentar empregos.
Coisa que nem o Banco Central do país acha que ocorrerá, nos próximos dois anos.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Fernando Henrique na Economist: Tucano é uma ave em extinção?


Tem dado muita repercussão na velha mídia as declarações de Fernando Henrique Cardoso à revista britânica The Economist. Nela, o ex-presidente afirmou que o candidato tucano à presidência tem que ser Aécio Neves. Além disso, fez duras críticas a José Serra, acusando-o de na última campanha presidencial ter ficado “isolado, até internamente”.

Por Kerison Lopes no Portal Vermelho.org

Como tem feito recentemente, FHC assume o seu pessimismo com o qual tem visto o PSDB. “Provavelmente vamos ver uma forte luta interna no PSDB, entre Serra e Aécio”. E manda recados para Serra sobre o lado que tomou nessa disputa: “Não sei até que ponto ele [José Serra] estará mais convencido de que não é a vez dele, para dar espaço a outros”.

Segundo fontes da cúpula tucana, as declarações de FHC à revista não passam de uma tentativa de emparedar Serra para que entre na disputa para a prefeitura de São Paulo. Da mesma forma, visa pressionar também Aécio, para que assuma a condição de candidato ao Planalto.
Disputa na capital paulista
O ex-governador paulista tem negado insistentemente a ideia de entrar no pleito municipal, pois seria na prática abrir mão de 2014, além da grande possibilidade de derrota, visto seu alto índice de rejeição, identificado em recentes pesquisas de opinião.

O recurso lançado por FHC, de usar uma revista estrangeira para lavar a roupa suja do decadente tucanato, mostra o grau de desespero pelo qual os tucanos estão vendo seu futuro próximo. Lula e o PT estão jogando todas as suas fichas na eleição da capital paulista, uma tática clara e ofensiva em direção ao principal ninho tucano, São Paulo.

Enquanto isso, o PSDB tem quatro nomes para uma prometida prévia. Ou melhor, não tem nenhum, a não ser José Serra, pois todos os que se apresentaram nas prévias são nomes sem expressão. É essa a mensagem de Fernando Henrique: encostar Serra na parede e forçá-lo a disputar a prefeitura. Não tanto porque acredite na força do tucano, mas porque essa é a única chance de receber um possível apoio de Kassab e formar uma chapa com alguma condição de entrar na disputa.

Para Fernando Henrique, a tábua de salvação tucana para a prefeitura seria Serra. Porém, pelo que mostram as pesquisas e a realidade política brasileira, é uma tábua furada. Além de nutrir grande rejeição do eleitorado, com o lançamento do livro Privataria Tucana e a eminente CPI sobre o tema Serra vive o seu pior momento. Não é à toa que o tucano corre da disputa. Ele sabe que tem grandes chances de ser derrotado e praticamente encerrar com sua carreira política.
Aecinho
Quanto a Aécio, a entrevista do tucano seria uma forma de forçá-lo a adotar uma postura mais pró-ativa, assumindo mais a condição de pré-candidato ao Planalto. Porém, o próprio Aécio, através de nota distribuída à imprensa, discorda quanto ao tempo de promover a escolha do candidato tucano: “o partido saberá definir o melhor nome, entre os vários de que dispõe, no momento certo, que, acredito, será após as eleições municipais”, diz a nota.

As palavras de FHC ao invés de fortalecer, enfraquecem Aécio. Ele não quer assumir a responsabilidade de já se colocar como candidato ao Planalto. Essa postura não é, como tem dito a velha mídia, uma tática de Aécio, na prática ele não tem para onde correr. Não pode representar um projeto da oposição, porque a oposição não tem projeto.

Se esconde também porque virar vidraça desde já pode expor ainda mais uma realidade cruel para a direita brasileira: “o todo poderoso neto de Tancredo”, não passa do aecinho, assim, com letra minúscula mesmo. Aécio nunca deixou de ser o playboizinho que trazia tanta dor de cabeça para Tancredo, o que o fez levar para perto dele, para ser o seu secretário.

Aécio teve um ano medíocre no Senado. Ganhou notoriedade apenas em dois momentos de 2011: quando foi pego bêbado em uma blitz no Rio de Janeiro e quando quebrou algumas costelas caindo do cavalo. Aécio no Senado é uma só decepção para os que esperavam o super homem retratado na capa da revista Veja do final de 2010. Aliás, essa decepção começou a ser exposta até por colunas e declarações de políticos e jornalistas da direita brasileira.
Inferno astral
A semana começou difícil para o PSDB, não só pela briga interna exposta por Fernando Henrique. No domingo, a Polícia Militar paulista, comandada pelo governo tucano, praticou um verdadeiro massacre, atacando milhares de moradores pobres da Vila Pinheirinho, em São José dos Campos. Inclusive crianças foram agredidas pela polícia, em cenas que tiraram a máscara tucana e desnudaram a posição fascista de partido da elite com ódio de pobre.

O massacre poderia passar batido em outros tempos, em que se dependia apenas da velha mídia para ser conhecido no Brasil inteiro. Mas os tempos são outros. Com o advento da Internet, o Brasil e o mundo acompanhou em tempo real a covardia, colocando o PSDB numa situação complicada.
Ave em extinção?
Não bastassem tantos problemas, nesta terça-feira (24) em Brasília, a posse do novo ministro da Educação Aloísio Mercadante, se transformou em um grande ato de lançamento da candidatura a prefeito de São Paulo do ministro que sai, Fernando Haddad. O ato reuniu vários partidos e muitas lideranças, tendo como principal estrela o ex-presidente Lula. Seu padrinho político deu um tempo no tratamento contra o câncer e voltou pela primeira vez ao Palácio do Planalto, sendo recebido com grande euforia.

O momento que o país atravessa revela que está em curso uma nova transição política com decantação de forças. É um momento difícil para as forças conservadoras, neoliberais e reacionárias. As forças do campo democrático e popular têm uma chance de se posicionar de maneira ofensiva, acumular forças e conquistar novas posições. As palavras de Fernando Henrique mostra que tucano pode ser uma ave que entra em extinção na política brasileira.

Os flagelados do Judiciário

Acabo de ler e ver reportagens sobre dois assuntos, que não sei se são um só.
Uma, no Estadão, sobre as remunerações de até centenas de milhares de reais percebidas por  juizes e desembargadores em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Outra, na Folha e no Viomundo, sobre a violência e o desrespeito aos pobres moradores expulsos do Pinheirinho.
Para quem, ainda criança, viu atearem fogo e lançarem cães contra os favelados da Praia do Pinto e do Morro da Catacumba, há 40 anos,  é como descrer no progresso humano.
Ontem mesmo o Estadão publicava que os nobres desembargadores  consideravam uma violência ser exposto ao público o fato de que alguns deles – nem se discute se com origem legal ou não – terem movimentações imensas em suas contas bancárias, embora nome algum tenha sido revelado, porque as investigações são feitas dentro da prudência da lei, que deve preservar a todos.
E quem preserva essa pobre gente e seus filhos? Crianças, que os senhores juízes, quando são seus filhos, cuidam com tanto empenho, com tantas babás, boas creches, escolas de qualidade e todos os mimos e carícias?
Suas Excelências, decerto, não são monstros e não deixam de saber que – não importa que ganhem muito bem por seu trabalho – do fundamento jurídico da igualdade humana e dos princípios constituicionais da proteção aos direitos humanos e, sobretudo, das crianças. Inclusive e, especialmente, das pobres, que não têm senão o Estado para tutelar seus direitos mais comezinhos.
O que ocorreu em Pinheirinho não se passou no interior de Rondônia, nas selvas do Pará, ou em outro lugar remoto do qual  se pudesse dizer estar além das fronteiras da compreensão moderna da aplicação da lei como instrumento de proteção a direitos – e os sociais sempre se sobrepõem, do ponto de vista do Estado, aos individuais, embora não possam anula-los – e não a privilégios.
A Suprema Corte brasileira, que considerou relevante proteger os direitos do Sr. Daniel Dantas, para que este não fosse exposto com algemas nas mãos, acha correto disparar balas de borracha – nem falo das de verdade, que se disparou também – contra mulheres e crianças? A Justiça brasileira acha correto contribuir para o risco de promover outra Eldorado dos Carajás ali pertinho da maior metrópole do hemisfério Sul?
O que está acontecendo com o Direito e a Justiça deste país?
Quando se trata de pressionar o Governo Federal para conceder aumentos ao Judiciário, há declarações públicas, tratativas políticas o apelo ao bom funcionamento de uma instituição da República.
Quando se trata de defender seus mais frágeis jurisdicionados nem mesmo um apelo à moderação, à humanidade, ao bom-senso. Havia, na ordem mandatória do despejo, alguma determinação de que houvesse assistência social, preparação dos serviços públicos para encaminhar as pessoas a casas, as crianças a escolas, os carentes à assistência devida?
Ou apenas para enxotá-los, como se fossem cães?
Será que precisamos de um novo Sobral Pinto para constranger a Justiça brasileira, pedindo que se aplique aos seres humanos do Pinheirinho a lei de proteção aos animais?
O ovo da serpente, ao qual se referiu a Ministra Eliana Calmon, eclodiu em São José dos Campos. Um Judiciário – porque seria desonroso chamar a isso de Justiça – que é algo que já não se rege  nem pela moralidade e nem mesmo pela humanidade.
Há um campo de refugiados em São José dos Campos. Lá estão os flagelados. Não da seca, não das chuvas.
Os flagelados do Judiciário brasileiro, que repete a olímpica indiferença de Maria Antonieta.
Do blog do Brizola Neto

O vídeo-síntese que desmente Globo, Estadão, Veja e PSDB


Desde o último domingo, cenas de violência da Polícia Militar contra flagelados do Pinheirinho vão se sucedendo através de fotos e vídeos cada vez mais reveladores. Todavia, três dos maiores veículos da imprensa escrita nacional tratam de ignorar tais provas, fazem defesa ardorosa do governo paulista e acusam PT e PSTU de ansiar por mortes e de acirrar os ânimos.
O Estadão, por exemplo, chegou ao absurdo de afirmar – não sugerir, eu disse afirmar – que os dois partidos de oposição ao governo Alckmin “colocaram mulheres grávidas e crianças na linha de frente do conflito”, apesar da profusão de depoimentos sobretudo das mães de família em prantos afirmando que foram atacadas a bombas, junto com seus filhos – muitos de colo –, dentro de casa.
Leia, abaixo, esse editorial odioso, falso como uma nota de três reais, cometido pelo Estadão. Prossigo em seguida.
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O ESTADO DE SÃO PAULO—–
24 de janeiro de 2012
Editorial
Confronto esperado
A desocupação de uma área de 1,3 milhão de metros quadrados em São José dos Campos, determinada pela Justiça estadual e realizada na manhã de domingo pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), seguiu rigorosamente o roteiro elaborado pelos movimentos sociais para ganhar as manchetes dos jornais e obter visibilidade política. Conhecida como Pinheirinho, a área pertence à massa falida da empresa Selecta, do Grupo Naji Nahas. Invadida em 2004, ela se converteu numa comunidade controlada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), cujos líderes diziam viver lá cerca de 1,5 mil famílias, num total de 6 mil pessoas.
Para dificultar o acesso ao local, os invasores ergueram barricadas com paus, que depois incendiaram, e colocaram idosos, grávidas e crianças na primeira linha de resistência. Por sua vez, a PM empregou na operação um blindado, além de 220 viaturas, 100 cavalos, 40 cães e 2 helicópteros, dando aos movimentos sociais pretexto para veicular pela internet notas de protesto descrevendo a operação de reintegração de posse como um “massacre” de pobres e desabrigados, que teria deixado “mortes” e um “rastro de destruição”.
Os invasores atiraram pedras contra policiais, incendiaram uma escola pública, uma biblioteca e oito veículos – entre eles dois carros de reportagem – e ainda tentaram impedir o tráfego na Via Dutra, o que obrigou a PM a intervir novamente. Na madrugada de segunda-feira, alguns manifestantes tentaram jogar um coquetel molotov num depósito de gás e num posto de saúde.
Terminado o embate – que resultou em 1 homem ferido à bala, 8 manifestantes com escoriações e 18 pessoas presas, acusadas de vandalismo – os líderes do MTST passaram a acusar a PM de ter exorbitado. Também criticaram o governador Geraldo Alckmin com o coro de sempre. Dirigentes da OAB, por exemplo, afirmaram que a ordem para a reintegração de posse expedida pela Justiça estadual foi ilegal. O advogado dos invasores, Antonio Ferreira, foi baleado na virilha, no joelho e nas costas com balas de borracha. E o senador Eduardo Suplicy alegou ter ficado “surpreso” com a operação. “A cada telefonema que recebo, ouço relatos de abusos por parte da polícia, jogando bombas”, disse ele.
O comando da PM, no entanto, anunciou que a operação foi inteiramente gravada, alegou que o “fator surpresa” foi crucial para a desocupação da área, afirmou que os moradores não ofereceram resistência e responsabilizou militantes de pequenos partidos da esquerda radical – que nem mesmo moram na área invadida – pelo entrevero. Uma semana antes, vários invasores e militantes posaram para cinegrafistas e fotógrafos equipados com capacetes de motociclistas, porretes, escudos de latão e canos de PVC – além de máscaras, para não serem identificados.
Por trás desse lamentável episódio, estão dois partidos que há muito tempo se digladiam para tentar desalojar o PSDB das principais prefeituras do Vale do Paraíba, região onde Alckmin iniciou sua carreira política. Um deles é o PT. Não foi por acaso que, entre as pessoas feridas com escoriações, uma se apresentou como assessor da Presidência da República. Sob o pretexto de intermediar uma solução pacífica, políticos petistas da região acenaram com a possibilidade de o governo federal ajudar na desapropriação da área, financiando um programa habitacional. O outro partido é o PSTU, que prega a substituição do Estado capitalista pelo ” marxismo revolucionário”.
Sem qualquer relevância no plano eleitoral, o PSTU é atuante nos meios sindicais, exercendo influência entre os metalúrgicos e os químicos no Vale do Paraíba, uma das regiões mais industrializadas do País. A exemplo do que ocorreu com o PT, em seus primórdios, o PSTU tem o apoio de movimentos sociais que se especializaram em invadir propriedades particulares para obter na mídia um espaço desproporcional à sua representatividade política. O confronto em São José dos Campos, iniciado com o descumprimento de uma ordem judicial, faz parte dessa estratégia.
A autenticidade dos depoimentos em vídeos, áudios e fotos, deveria bastar – são protagonizados por cidadãs brasileiras tomadas pelo desespero. Aliás, o material tem sido largamente reproduzido aqui. Todavia, um desses vídeos sintetiza a operação e a conduta da Polícia Militar comandada pelo governador Geraldo Alckmin, como se vê na sequência de fotos que encima este post.
Quem não viu esse vídeo-síntese aqui ou em algum outro blog pode assisti-lo logo abaixo enquanto reflete que em qualquer país em que não existam categorias de cidadãos cenas como essas provocariam, no mínimo, um escândalo de dimensão nacional, além de fazerem rolar muitas cabeças no governo do Estado, caso não degolassem o próprio governador.
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Não deixe de ouvir, abaixo, o comentário seminal do jornalista Ricardo Boechat sobre o caso
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Mais um vídeo contendo denúncias de assassinatos no Pinheirinho

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Lula faz homenagem a Haddad. O Planalto chora


À direita, o novo Vargas
O Conversa Afiada reproduz texto do Globo:

Lula participa da despedida de Haddad no Planalto

BRASÍLIA – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou nesta quarta-feira pela primeira vez ao Planalto desde que entregou o cargo à presidente Dilma Rousseff. Lula foi recebido com aplausos de exaltação e ministros e integrantes do governo chegaram a se emocionar. Ele esteve no Planalto para as posses dos novos ministros da Educação e da Ciência e Tecnologia.

- Depois de um tempo, a gente vira um bando de chorão. O Haddad chorou , o Mercadante chorou. E o presidente Lula mesmo fala: ‘pode chorar que não faz mal nenhum’ – disse a presidente, após os discursos de Fernando Haddad, Aloizio Mercadante e Marco Antonio Raupp, em cerimônia oficial.

Antes mesmo de saudar todos os ministros, Dilma ainda disse:

- Quero dizer para vocês que, para mim, é uma honra receber o presidente Lula – disse ela , tentando evitar o choro. Lula também estava visivelmente emocionado.

Ele foi recepcionado por Dilma na garagem, e passou cerca de 10 minutos tirando fotos e sendo cumprimento por servidores e convidados.

- Eu estou muito emocionada com a volta do Lula ao Planalto – disse Dilma, sorridente, abraçando Lula.

Na véspera, Fernando Haddad disse que havia a possibilidade da participação de Lula, mas que não tinha recebido confirmação.

O ex-presidente continua com o tratamento contra o câncer de laringe. Na quarta-feira, ele faz uma nova sessão de radioterapia em São Paulo.

Haddad fez um discurso de agradecimento. Em sua despedida, o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo fez referência ao Congresso Nacional, à Presidência da República, aos ministérios e à sua equipe no Ministério da Educação.

- Eu muitas vezes me emocionei com muitas histórias no Ministério da Educação. Posso assegurar que ninguém ali sai de camisa seca, todos saem de camisa suada – disse ele a uma plateia que o interrompia a todo momento com aplausos.

O agora ex-ministro ressaltou o apoio que recebeu de todo o governo e declarou que o futuro “passa pela educação”, mensagem essa que, para ele, já foi incorporada pela sociedade.

- Lançamos um plano de metas de qualidade em 2007. Vinte e sete governadores e mais de 5 mil municípios nos apoiaram – discursou Haddad, ainda falando sobre a aprovação de mais de 50 projetos de lei e da parceria do ministério para a aprovação de duas emendas constitucionais.

Aloizio Mercadante, sucessor de Haddad, falou logo em seguida. Ele elogiou a indicação de Marco Antonio Raupp para o Ministério de Ciência e Tecnologia, de onde saiu, e deu um conselho ao novo ministro:

- Quando você levar um projeto para a presidente, saiba que a primeira fase será de espancamento do projeto. O projeto vai ser desconstituído – disse Mercadante, que ressaltou a necessidade de se apresentar uma proposta bem elaborada à presidente, arrancando risadas da plateia:

- Volte para casa, junte a equipe, trabalhe intensamente e o apresente novamente – completou.

Mercadante se emocionou também ao falar do presidente Lula:

- Nestes 30 anos, o senhor plantou sementes pelo país inteiro. Sementes de esperança, de dignidade, sementes de cidadania e de liberdade. Sementes que estão fazendo este país florescer – disse ele, que antes de discursar fez questão de abraçar o ex-presidente.

Ele concluiu o discurso elogiando Dilma:

- Essa atitude ( de desconstituir o projeto) é de quem tem compromisso com o gasto público.

Após a fala de Mercadante, foi a vez de Marco Antonio Raupp. Ele falou sobre a importância do Ministério da Ciência e Tecnologia e comparou o ex-presidente Lula a Getúlio Vargas:

- Hoje é um dia de viver grandes valores da vida (…) Falando sobre política, meu pai dizia: Deus nos deu um Getúlio Vargas. Agora, nos deu outro (aponta para Lula).

A senadora Marta Suplicy, que tinha a intenção de disputar a Prefeitura de São Paulo e foi preterida pelo PT, não compareceu à cerimônia.


Navalha
O Nunca Dantes atira no alvo.
O alvo é São Paulo.
Ele e a Presidenta subiram no palanque de Haddad para minar a hegemonia tucana.
Faz água por todo lado, no arraial tucano.
O ultimo tiro abaixo da linha d’água foi o massacre de Nahas e Alckmin em São José dos Campos, cidade controlada também pelos tucanos.
Clique aqui para ver o vídeo do massacre
E aqui para ler sobre a sugestão do professor Comparato
Lula mirou em Tasso tenho jatinho porque posso, Marco Maciel e Arthur Virgilio Cardoso.
Eles sabem o que aconteceu.
Paulo Henrique Amorim

O PT acomodado e o cresciment​o da direita fascistóid​e

O que o PT espera para reagir à fascistização em SP?
Tudo que havia a ser dito sobre a fascistização em curso no estado de São Paulo, balão de ensaio e ponta de lança do golpismo em escala nacional, eu já disse no recente artigo Terrorismo na USP: tentaram mandar o Sintusp pelos ares.

Os versos de Brecht caem como uma luva nesta situação:

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando

Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Celso Lungaretti é jornalista, escritor e autor do livro Náufrago da Utopia.
RECLAME!!!
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da RepúblicaSetor Comercial Sul - B, Quadra 9, Lote C, Edificio Parque Cidade Corporate, Torre "A", 10º andar,
Brasília, Distrito Federal, Brasil
CEP: 70308-200
E-mail: direitoshumanos@sdh.gov.br

Vídeo do massacre no Pinheirinho

vídeo do massacre !
    Publicado em 24/01/2012

Na foto, a operação para restaurar as posses do doleiro da Satiagraha

O Conversa Afiada exibe vídeo impressionante do “Massacre de Pinheiro”, enviado pelo amigo navegante Julio Feferman:

Caro PHA,

Esse Brasil aí não passa na Globo


http://www.youtube.com/watch?v=NBjjtc9BXXY

Grande abraço,

Julio Feferman

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Em tempo: saiu no Viomundo do Azenha:


Parlamentares impedidos de vistoriar Pinheirinho e tendas de abrigo
por Conceição Lemes

O jornalista que procura o comando da Polícia Militar ou a Prefeitura de São José dos Campos para saber como está a situação dos moradores do Pinheirinho, vai receber invariavelmente a seguinte  informação:  “está tudo bem”, “está em ordem”, “não há óbitos”. Sobre os feridos, apenas  admitem a ocorrência de casos.

Essa é a informação oficial, ou seja, aquela que a instituição quer que seja conhecida.  Não necessariamente corresponde à verdade dos fatos. No caso do Pinheirinho não dizem, por exemplo,  que os ferimentos foram causados principalmente balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e gás pimenta. Também não dizem que um homem, atingido por tiro de arma de fogo disparado pela Guarda Municipal de São José dos Campos, corre o risco de ficar paraplégico.

Só que, desde domingo, circulam persistentemente informações de que pessoas teriam morrido na reintegração de posse . Nessa segunda-feira, Aristeu César Pinto Neto, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São José dos Campos, afirmou que houve mortos na operação. De acordo com ele, crianças estão entre as vítimas. PM e Prefeitura continuam negando.

“Há falta completa de transparência tanto por parte do comando da Polícia Militar quanto pela Prefeitura de São José dos Campos”, denuncia o deputado federal Carlinhos Almeida (PT-SP). “Infelizmente, não tivemos acesso, de forma alguma, à área desocupada.”

No domingo, a região do Pinheirinho foi cercada pelos 2 mil soldados que compuseram a tropa de choque. Logo cedo, alguns parlamentares que tentaram dialogar com o comando da operação foram recebidos com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Entre eles, o próprio Almeida. À tarde, ele, os deputados Paulo Teixeira (federal)  e Marco Aurélio Souza (estadual) e vereadores do PT conseguiram se reunir com o comandante da PM e o representante do Tribunal de Justiça.

“Nós pedimos para verificar o local da desocupação para saber se estava ocorrendo algum tipo de violência, desrespeito aos direitos das pessoas”, prossegue Almeida. “Infelizmente, não nos foi permitido ter acesso ao local. Além disso, a Prefeitura não permitiu que entrássemos nas tendas que ela armou para saber em que condições as pessoas estavam sendo abrigadas.”

“Se não havia nada excepcional ocorrendo, não havia por que não permitirem que membros do Legislativo e o representante do governo federal pudessem ao menos verificar, vistoriar, o estava acontecendo dentro do Pinheirinho, questionamos o comandante e o representante do Tribunal de Justiça”, revela Almeida. “Mas não houve jeito.”

No domingo, o sinal de internet foi  cortado na região. Mesmo hoje, navegar na rede não está fácil.

“Obter informações  fidedignas está complicadíssimo”, conta-nos o jornalista Murilo Machado, que mora na região de São José dos Campos e que tem conversado com colegas  atuando na cobertura . “Vários  têm ido a hospitais em busca de feridos e eventuais óbitos, eles  não dão informações. Dizem que ir para ir à Prefeitura, que, por sua vez, está centralizando tudo. Como confiar nessas informações? Não dá. Infelizmente.  Nossos colegas vão ter de continuar apurando, para que a verdade apareça.”

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Dilma vence a Globo: 59 x 6

 

Dilma vence a Globo: 59 x 6

De nada adiantou o noticiário mentiroso, chato e pessimista, marretado o ano inteiro na Globo, Veja, Estadão e Folha, que tudo fizeram para desgastar a popularidade. 

O Datafolha divulgou pesquisa popular de avaliação da gestão da Presidenta Dilma:
Aprovação: 59% (ótima ou boa)
Desaprovação: 6% (ruim ou péssima) 
Consideram regular 33% dos entrevistados.

Pós-Lula, mas ainda popular

O ano de estreia costuma ser cruel para um presidente da República. Em geral, o rosto do governo ainda não está definido, e, apesar do tempo ser insuficiente para promover grandes mudanças, o eleitor começa a dar os primeiros sinais de impaciência – seja em razão da possível demora nas reformas, seja pela rejeição a mudanças encaminhadas.
 
Em seu primeiro ano, Luiz Inácio Lula da Silva mexeu em vespeiros, como o regime da Previdência e, ao mesmo tempo, manteve a ortodoxia econômica, com alta dos juros e demora para tirar do papel o projeto Fome Zero. Fechou o primeiro ano de mandato com 42% de aprovação (quase a metade do que iria alcançar ao fim de seu último ano como presidente).
Fernando Collor (23%), Itamar Franco (12%) e Fernando Henrique Cardoso (41%) também não agradaram a maioria da população em seus primeiros anos como presidente, em 1990, 1992 e 1995, respectivamente – sempre de acordo com o Datafolha.
A exceção parece ser Dilma Rousseff. Pesquisa Datafolha divulgada no fim de semana mostra o governo da presidenta com avaliação superior a todos os antecessores desde a redemocratização.
Nos primeiros 12 meses de governo, 59% dos brasileiros diziam considerar sua gestão ótima ou boa.
O índice supera o recorde de Luiz Inácio Lula da Silva, seu padrinho político, ao final do primeiro ano de seu segundo mandato, em 2007, quando era aprovado por 50% dos eleitores.

O instituto ouviu 2.575 pessoas em 159 municípios entre os dias 18 e 19 de janeiro.
Diante dos números, a maioria dos analistas parece ter chegado ao consenso: a economia explica tudo. Não é por menos. Em época de crise financeira nos países ricos, nada menos do que 46% dos entrevistados dizem acreditar que a situação econômica do País vai melhorar – e outros 37%, que fica como está, o que não é mau.

A esperança de aproveitar a onda é ainda maior: 60% das pessoas acreditam que vão melhorar as próprias condições econômicas, contra apenas 7% que dizem o contrário.
Os sinais de otimismo são explicados pelos números da economia acumulados em 2011. Apesar dos sinais de desindustrialização, a inflação ficou no teto da meta, a taxa de juros caiu, o nível de emprego se manteve estável e planos para a erradicação da miséria foram lançados.
Mas outras leituras também podem ser tiradas da pesquisa. Uma delas é que, diferentemente dos outros presidentes, Dilma recebeu a faixa de seu sucessor com a missão de dar continuidade a um governo bem avaliado.

Ao encerrar seu governo, Lula tinha 83% de aprovação. Em seu primeiro ato como ex-presidente, ao desembarcar em São Bernardo do Campo em 1º de janeiro de 2011, em um palanque improvisado em frente à sua casa, Lula pediu: “amem a Dilma como vocês me amaram”.
Funcionou. Se fosse uma corrida de revezamento, seria possível dizer que parte da popularidade da presidenta é rescaldo do bastão entregue pelo antecessor doze meses antes.

A Dilma do primeiro mandato é menos popular do que o Lula do último ano. Mas passou longe da queda livre apontada por muitos como destino certo da presidenta quando desse início ao seu voo solo, longe do carisma do antecessor.
Pelo contrário. Dilma, em um ano, teve tempo de imprimir sua marca.
A primeira – que pode não ser lembrada pela maioria da população – foi a da primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ali, em tom mais enfático do que seu antecessor, falou sobre a situação de opressão vivida pelas mulheres em boa parte do planeta, lamentou a ausência da Palestina entre os Estados representados, exigiu mais representação na entidade e mandou uma reprimenda geral pela crise inventada pelos países ricos.
A segunda marca foi alcançada pela forma como lidou com as crises envolvendo seu primeiro escalão. Diferentemente de Lula, conciliador, Dilma preferiu não blindar os ministros na berlinda.
Com isso, ganhou pontos com parte uma parcela da classe média refratária ao antecessor. Em um ano, sete ministros deixaram o governo, seis por suspeitas de corrupção.

Dilma passou a ser bem avaliada tanto por quem estudou só até o ensino fundamental (61%) como por quem tem curso superior (59%). Entre quem ganha entre cinco e dez salários mínimos, ela ganhou 16 pontos em relação à última pesquisa.
Dilma hoje é considerada como uma pessoa “decidida”, “muito inteligente” e “sincera” por mais de 70% dos brasileiros. É aprovada até mesmo pela oposição: 40% dos eleitores que se dizem tucanos aprovam sua gestão. Em parte, por ter surpreendido ao levantar bandeira branca, afagar adversários e pregar parceria em Estados governados por tucanos.
Por algum motivo, em que pesem as críticas aos auxiliares diretos, Dilma passou o primeiro ano praticamente preservada das críticas de boa parte da imprensa.
Diferentemente de seu antecessor, que recebia críticas (e ganhava plateias) com metáforas sobre futebol, brincadeiras ou crítica aos rivais, Dilma assumiu uma postura menos emotiva e mais protocolar – portanto, menos polêmica. Tanto que as manchetes com frases atribuídas a ela são, quase sempre, insossas, se comparadas com a lista de frases de efeito proferidas por Lula no palanque ou em solenidades – e que prendiam a atenção da plateia do início ao fim.
Mas nem tudo era protocolo nas aparições públicas da presidenta. A imagem da “gerente” – muitas vezes pejorativamente ligada à “faxineira” que distribui broncas e se desfaz de ministros-problema como lastros – foi quebrada mais de uma vez, quando, por exemplo, ela foi às lágrimas ao lançar um plano para pessoas com deficiência ou quando pediu um minuto de silêncio pelas crianças assassinadas na chacina de Realengo, no Rio de Janeiro.
Porque ninguém é de ferro – e ninguém garante apoio da maioria da população só na base de números, broncas e protocolo.
 
Matheus Pichonelli, CartaCapital
(Com informações do R7)

Também do Blog Os Amigos do Presidente Lula.

Programas sociais brasileiros são referência internacional, afirma PNUD


As políticas sociais desenvolvidas pelo Brasil, em especial as ações focadas na erradicação da extrema pobreza e da fome, têm despertado interesse cada vez maior da comunidade internacional. Esta semana, representantes da área de desenvolvimento social da Palestina, Tunísia, África do Sul, Egito, Quênia e Índia estão no país para conhecer as experiências exitosas de programas como o Brasil sem Miséria.
Com o objetivo de atender de forma conjunta à demanda crescente por informações e trocas de experiências, as delegações foram convidadas a participar esta semana (17 a 20 de janeiro) de um seminário sobre políticas sociais que inclui palestras, debates e visitas a campo. “Foi uma das soluções que encontramos para responder, de forma conjunta, a vários países e potenciais parceiros interessados em conhecer nossas experiências”, explicou o Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes de Sousa, durante a abertura do evento.
O seminário internacional “Políticas Sociais para o Desenvolvimento” é o primeiro de uma série que o MDS pretende fazer em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC). No contexto deste encontro, o MDS fez o lançamento da cartilha Plano Brasil sem Miséria traduzida para seis idiomas: inglês, espanhol, francês, russo, árabe e chinês. O material foi elaborado com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
“Os programas sociais desenvolvidos pelo Brasil estão chamando muita atenção internacional. Hoje, podemos influenciar positivamente outros países do Hemisfério Sul com a gestão e modelos inovadores de políticas sociais e seus resultados, e disponibilizar informações em outras línguas é fundamental para que possamos disseminar e compartilhar experiências”, avalia a Oficial de Projetos do PNUD Maria Teresa Fontes. No Brasil, o PNUD trabalha em parceria com o MDS na execução de projetos de cooperação técnica e no apoio direto a ações vinculadas ao Plano Brasil sem Miséria.
Fonte: ONU Brasil
No Portal ANDI

Saiba quem é Maria das Graças Foster, que deve comandar a Petrobras

Do Blog do Saraiva
Portal iG - Diretora de Gás e Energia da estatal, que é durona e bastante próxima da presidenta Dilma, será indicada para substituir Gabrielli 

Cotada para a presidência da Petrobras, no lugar de José Sérgio Gabrielli, Maria das Graças Foster, diretora de Gás e Energia da empresa, viu seu nome sob os holofotes da mídia no final de 2010, quando começou a ser cotada a um cargo de relevância no Planalto para o início do governo de Dilma Rousseff.
Na ocasião, empresários acreditavam que ela estaria no time da presidenta brasileira e apontavam semelhanças entre as duas. São duronas e sérias, diziam. Mas, ao mesmo tempo, também era considerada provável sucessora de Gabrielli no comando da Petrobras.
Mas 2011 começou e a executiva seguiu como diretora de Energia e Gás da estatal. Agora, aos 58 anos, Graça - como é conhecida - é apontada como nova presidenta da Petrobras, cargo que deve assumir a partir de 9 de fevereiro, quando acontece a reunião do Conselho de Administração da empresa.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a Petrobras informa que o presidente do conselho, o ministro Guido Mantega, já manifestou que vai encaminhar como proposta para a reunião a indicação de Graça para presidir a companhia. "Uma vez o assunto em questão seja aprovado pelo Conselho, a Companhia dará ampla divulgação do fato," diz a nota.
Graça deve assumir a Petrobras logo em seguida, em um momento em que a produção de petróleo da companhia está abaixo das metas e, de acordo com especialistas, só terá aumento significativo em 2013.
Botafoguense, carioca de coração e mineira de nascença, Graça é formada em Engenharia Química e tem dois filhos e uma neta. Opiniões se dividem sobre o perfil da engenheira candidata a comandar a empresa que possui um dos maiores plano de investimentos do mundo.
Alguns colegas apreciam a determinação de Graça. A executiva persegue metas e visita pessoalmente os projetos que dirige. Segundo uma fonte do setor petroquímico, Graça sempre deixou a marca de uma pessoa positiva e engajada por onde passou.
Outros destacam o jeito duro com que trata os funcionários. “Ela é igualzinha à Dilma. São duas capatazes. Alguns chamam o estilo de competência, pode até ser. São mulheres executoras, sem dúvida. Mas falta-lhes visão, projetos”, avalia um interlocutor que trabalhou com ambas.

Graça teria conhecido Dilma há 11 anos, em uma visita ao Rio Grande do Sul, para tratar sobre o gasbol. Dilma era secretária de Energia do Estado. Filiada ao PT, a afinidade com Dilma vai além do perfil parecido, do temperamento forte. "Elas pensam com a mesma cabeça", opina uma outra fonte que conhece as duas.
Uma característica de Graça, herança de sua trajetória profissional, é sua habilidade em lidar tanto com o Estado como com o setor produtivo, diz um executivo que a conhece há muitos anos. “Por ter trabalhado no Ministério e em empresas da Petrobras, ela tem uma visão interessante dos dois dos lados. Sabe conversar com a esfera política."
De janeiro de 2003 a setembro de 2005, Graça foi secretaria de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis, cargo que ocupou a convite de Dilma, que era ministra de Minas e Energia. Fontes que acompanharam sua trajetória na época contam que as duas se aproximaram durante este período, juntas em Brasília.

De volta ao Rio em 2005, cidade onde vive com a família, Graça presidiu a Petroquisa – braço da Petrobras para o segmento de petroquímica – e, em seguida, a BR Distribuidora. Passou antes pela Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia – Brasil (TBG), após anos de carreira na Petrobras, onde ingressou em 1978 como estagiária, quando ainda estudava engenharia Química pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Depois de formada, fez mestrado em Engenharia Química, pós-graduação em Engenharia Nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e MBA em Economia pela Fundação Getúlio Vargas.
Atualmente, além de diretora de Gás e Energia da Petrobras, ela é presidente da Gaspetro (Petrobras Gás) e dos conselhos de administração da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia - Brasil e da Transportadora Associada de Gás. Também é membro dos conselhos de administração da Transpetro, da Petrobras Biocombustível, da Braskem e do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP).

Em defesa do mercado interno de gás natural
Graça assumiu o posto na Petrobras em setembro de 2007, tendo pela frente o desafio de acalmar os ânimos entre a estatal a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Faltava gás natural para atender a todos os segmentos do País e as térmicas não recebiam o insumo contratado para gerar eletricidade.
Atendendo a uma exigência da reguladora, as térmicas passaram a ter mais prioridade na entrega do combustível sob o comando de Graça. Enquanto isso, a estatal colocava em prática um plano para aumentar a oferta de gás, batizado de Plangás. Por causa das enormes descobertas de petróleo (com gás natural associado) e dos investimentos pesados da Petrobras em gasodutos, a produção foi aumentando.
Em 2011, o Brasil produziu 68 milhões de metros cúbicos por dia, sendo pouco mais de 56 milhões metros cúbicos ao dia produzidos pela Petrobras (volume 6,2% superior ao de 2010).
No ano passado, em entrevista exclusiva ao iG, Graça falou sobre seus projetos na diretoria de Gás e Energia da empresa e defendeu o estímulo ao mercado interno de gás natural, em detrimento do fortalecimento das exportações do insumo.
"Se a gente vier a atuar como exportador será como um exportador oportunista no mercado spot e a gente precisa ter desenvolvimento interno no mercado interno mais forte, mais vigoroso, para que a gente possa absorver o máximo de gás no Brasil e compensar as volatilidades do mercado. Mas eventualmente é possível que a gente exporte”, afirmou.

MPF responsabiliza município de São José dos Campos





Ação  do Ministério Público Federal pede que município de São José dos Campos seja responsabilizado pela omissão da regularização fundiária urbanística do Pinheirinho.
Além disso, a ação quer garantir direito de moradia para 5 mil pessoas.
O assentamento existe desde 2004. Houve diversas tentativas de retomada, mas o assentamento acabou se estabilizando graças a decisões judiciais e à ausência de uma política pública de habitação no município. Com isso acabou tomando dimensão grande, de 6 mil pessoas dos quais 2.500 crianças e adolescentes.
Inicialmente a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão solicitou que O MPF em São Paulo que acompanhasse a primeira tentativa de reintegração de posse em 2005.
Agora, o MPF volta a se manifestar. Para a procuradoria, se famílias retiradas de lá sem garantias, o direito à moradia sofreria nova violação.
Por isso imprescindível que responsáveis atendam aos direitos das pessoas em prazo razoável.
Em um primeiro momento, garantindo alojamento e alimentação. Em um segundo momento, assegurando o direito de crianças e jovens de frequentar creches e escolas.

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Estupidez é a soma da burrice com a desumanidade

OAB diz que houve mortos na ação em Pinheirinho
As cenas da expulsão, ao raiar do domingo, de seis mil pessoas da comunidade do Pinheirinnho, em São José dos Campos, são uma vergonha para este país.
Um vergonha, sobretudo, para o Judiciário que, como qualquer poder, está tão obrigado a cumprir a lei quanto a respeitar a diginidade de vidas humanas.
Não é possível que magistrados que reagem com tanto zelo em relação a si mesmos, inclusive na percepção de auxílio-moradia, não zelem por uma solução adequada à moradia – a única que têm – milhares de famílias pobres.
Havia, até ontem, uma contradição entre decisões da esfera estadual e federal, como registram os jornais. Era razoável esperar por uma decisão antes de uma medida de força, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo chegou a emitir ordem de enfrentamento à decisão da Justiça Federal que vigia, durante o dia,  para repelir “qualquer óbice que venha a surgir no curso da execução, inclusive a oposição de corporação policial federal”.
Com o devido respeito, é impensável que se possa dar uma ordem para que a Polícia Militar, garantidora da decisão estadual, enfrente a Polícia Federal, a quem competiria garantir a decisão de um desembargador federal.
Depois, a decisão do STJ, que revogou aquela decisão, só foi tomada à noite, depois de toda a operação. E se a decisão tivesse sido outra, o que justificaria aquela ação? Para a imobiliária, nenhum prejjuízo teria havido em esperar algumas horas ou dias.
Depois, tratava-se de uma situação de uma ocupação de longa data, oito anos, o que não é o mesmo que terem invadido ontem e terem montado barracas de lona. Havia ali casas, muitas de padrão bem aceitável, que consumiram muito do pouco que ganha aquela pobre gente e, sob qualquer ponto de vista, é um bem e merece alguma tutela.
Estava sendo buscada uma solução pelo Governo Federal. Não é possível que a massa falida da imobiliária do Sr. Naji Nahas não pudesse ser levada a negociar. Desapropiração, compra, permuta de terreno, havia uma série de possibilidades a serem tentadas antes de atirar à rua tanta gente.
Miguel Seabra Fagundes, a quem ninguém pode negar a honrade ter sido um dos maiores juristas deste país, na sua curta passagem pelo Ministério da Justiça, ajudou a impedir a remoção dos humildes moradores do Morro do Borel, na Tijuca, igualmente decretada por um juiz. E Seabra era um homem tão apegado a regras que demitiu-se por ter Carlos Lacerda invadido uma reunião ministerial para dar ordem a Café Filho.
Se o Poder Judiciário demonstrou um açodamento que não estamos acostumado a ver em suas ações, da mesma forma o Governo do Estado também não demonstrou prudência, porque mobilizar, num domingo de manhã, uma tropa de dois mil homens é, em qualquer corporação militar do mundo, uma proeza admirável.
Ninguém, em sã consciência, pode imaginar uma mobilização deste vulto sem a participação do comando da corporação e do próprio Governador do Estado. A força pública não é para ser usada sem medidas, nem de humanidade, nem de custo para a população. Muito menos seus homens devem ser brutalizados como estão sendo, quando passam a apontar espingardas para viciados na rua e moradores desesperados.
Ninguém está advogando o não-cumprimento de decisões judiciais, mas a forma e a velocidade que, em si, representam uma afronta ao principio da razoabilidade que estas devem ter.
Se a uma empresa falida, como a imobiliária de Naji Nahas, se concedem prazos e condições para que pague com seu patrimônio, as dívidas que não honrou, porque não se dar o mesmo direito às pessoas?
Ali estão 1.600 casas, 1.600 ex-lares, expostos ao saque, à depredação, e, amanhã, à demolição. Não são apenas partes de vidas, são riquezas construídas com trabalho honesto, que serão destruídas. Aproveitadas, urbanizadas, aquelas casas custariam menos que o problema que sua destruição coloca diante de todos e certamente menos do que a desapropriação da área, negociada.
A estupidez é só isso mesmo, a soma da burrice com a desumanidade.
PS. A área da remoção, ainda por cima,  tem uma história conturbada, que você pode ler no Paulo Henrique Amorim.

Pessimistas, tremei. O crescimento está de volta

Postado por Fernando Brito do Tijolaço do Brizola Neto
Quem ainda franze o cenho sobre as perspetivas da economia brasileira para este ano, que se prepare para arranjar “reavaliações”.
Claro que estamos sujeitos às chuvas e trovoadas da crise internacional.
Que parece estar mais para estagnação que para recessão profunda.
Mas aqui, vem coisa.
E vai deixar esta turma com aquela cara dos “caxambueiros” que diziam que o Brasil não teria petróleo, no genial “O Poço do Visconde”, de Monteiro Lobato, cuja ilustração, aí ao lado, dispensa comentários,
O anúncio de que a Presidenta determinou que os bancos públicos puxem o aumento de crédito é sinal de que a politica de redução dos juros públicos pode ir além dos 9,5% que o mercado já espera.
Ainda assim, seriam altos, pois uma variação de preços inferior a 0,5 por cento ao mês no primeiro quadrimestre joga a inflação em 12 meses para 5% e, exceto por janeiro, este parece um número factível.
O que deve ser anunciado como cortes orçamentários pode ser compensado com a redução da despesa – monstruosa – com os juros da dívida pública, que é de perto de R$ 20 bilhões por cada ponto percentual da Selic.
Os investimentos públicos, travados no freio em 2011, ganharão triplo impulso: o PAC 2, as obras da Copa e a aceleração dos investimentos da Petrobras, tarefa que Dilma está dando à sua colaboradora – e funcionária há três décadas da empresa – Maria das Graças Foster.
Enquanto a mídia pensava em ocupa-la com “faxinas”, Dilma preparava os controles para colocar seu governo em marcha.
E em marcha acelerada.