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No Governo Cerra/FHC não se abriu uma única universidade no Brasil.
No Governo Cerra/FHC, era proibido por lei abrir escola técnica.
Segundo o gráfico da Folha (*), no sombrio Governo Cerra/FHC, a participação das classes D e E no total da população caiu de 62% para 54%.
No Governo do Nunca Dantes, que abriu quatorze universidades e 214 (!!!) escolas técnicas, caiu muito mais, bastante mais: de 54 para 39%. (Sobre o ProUni e o Enem,
a banda larga do acesso do pobre à universidade, leia)
E agora no Governo da Presidenta Dilma, vai acabar a miséria.
E vai levar 8 milhões de brasileiros a escolas técnicas,
com a ampliação do Pronatec.
(Na campanha de 2010, Cerra lançou um plano de Pronatec que, na verdade, era de autoria de Antonio Palocci. É uma mania dele. Foi assim com o programa de combate Aids e os genéricos. Não eram dele, e ele dizia que eram dele.)
No governo da Privataria, o do Cerra/FHC, a participação da classe C no conjunto da população subiu de 32 para 38%.
Micharia.
No Governo do Nunca Dantes, passou de 38% para 50% – e hoje a classe C é bem mais do que a metade de população.
O editorialista da Folha(*), como sempre, se enquadra naquilo que Pedro Malan dava a entender quando se referia ao Cerra: o que é novo não presta, o que presta não é novo.
Essa história de que a Educação faz a distribuição de renda vem da década de 70, no Governo Médici.
Lá, o professor Carlos Geraldo Langoni, recém-chegado de Chicago, produziu um trabalho muito importante – “Distribuição da Renda e Desenvolvimento Econômico no Brasil”, Editora Expressão e Cultura, 1973, com prefácio de Delfim Netto – então ministro da Fazenda.
Demonstrava tambem que a Educação era a principal explicação para a desigualdade que havia.
Do outro lado, surgiu o brazilianist Alberto Fishlow, logo seguido de Pedro Malan e Edmar Bahca (hoje, lamentavalmente, seduzidos pelo neolibelês da Urubóloga).
Fishlow, Bacha e Malan disseram não !
Sem políticas sociais compensatórias não se distribui renda.
Educação apenas não dá conta do tamanho do problema.
E com a rapidez necessária.
Hoje, o debate que a Folha tenta reacender não tem nada de acadêmico ou interloutores daquele gabarito.
Hoje, é politicagem rasteira.
Tentar salvar o legado de Cerra/FHC – e mais nada.
Hoje, Delfim, Langoni, Fishlow e até Bacha e Malan (off the records) serão capazes de concordar que o Nunca Dantes fez um magnifico trabalho no campo da Educação e das Políticas Compensatórias, que não pode ser, sequer, comparado ao do Governo Cerra/FHC.
E todos eles, hoje, sentados numa mesma mesa, sabem que sem crescimento do PIB (no Governo Cerra/FHC era proibido falar disso), aumento do salario real, sem aumento real do salário minimo e sem o Bolsa Familia não teria sido possível acomodar as populações da Argentina e do Chile no meio da pirâmide de renda do Brasil.
O Ministro da Fazenda Pedro Malan sabe disso melhor do que ninguém.
Não tinha grana para nada – muito menos para abrir Universidade ou Pronatec.
Pensou até em vender o Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES,
como prometeu ao FMI.
(A Petrobrax eram favas contadas …
(De preferência, vender à Chevron,
como prometeu o Cerra, no WikiLeaks)
Sem falar em UPP, Minha Casa, PAC e essas singularidades de um governo trabalhista.
Ou na duplicação da BR 101, como observou o profeta Tirésias ao constatar que
Dilma não quer saber de marola.
A paternidade do FHC sobre a classe C não resiste a um teste de DNA em Nova York.
Paulo Henrique Amorim