sexta-feira, 6 de julho de 2012

Haddad lança campanha: "Não temos medo do povo"

6 DE JULHO DE 2012 - 19H12 

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, deu o pontapé inicial de sua campanha nesta sexta (6), com uma caminhada pelas ruas do centro, acompanhada por cerca de 5 mil pessoas. Ao lado de sua vice, Nádia Campeão (PCdoB), do vereador Netinho de Paula (PCdoB), do Senador Eduardo Suplicy (PT) e de dirigentes dos partidos de sua coligação, Haddad  concluiu seu primeiro evento eleitoral com um ato político repleto de críticas ao adversário, o tucano José Serra.


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Haddad discurso para povo / Foto: Terra
No discurso, Haddad condenou a atitude de Serra, que decidiu iniciar a campanha em um "recinto fechado", segundo ele para evitar o contato com a população. "Nós não vamos para recinto fechado. Nós vamos para a rua falar com o povo para ganhar essa eleição. Nós não temos medo do povo. Nós queremos o povo conosco", discursou o candidato. Haddad referiu-se ao fato de Serra optar por fazer uma reunião na sede do PSDB paulistano.

De um carro de som, Haddad falou ao povo e aproveitou para pedir a presença permanente de Netinho ao seu lado. "Quero você junto da gente o tempo todo", disse. O candidato citou as administrações petistas de Luiza Erundina e Marta Suplicy e disse que, além do apoio delas, contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O candidato convocou a militância às ruas. "Não vamos deixar a rua até a vitória", encerrou.

Depois de falar para a população, Haddad conversou com os jornalistas. O candidato comentou o balanço de metas da prefeitura de São Paulo, que divulgou a quantidade de promessas cumpridas pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD-SP). De acordo com ele, Kassab merece nota 3,6.

"Na minha opinião, ele já se atribui nota 3,6 porque, no balanço de cumprimento de metas, ele disse que cumpriu 36% das promessas que fez. A cidade já fez um balanço dessa administração agora é olhar pra frente. Penso que quatro em cinco paulistanos querem uma mudança de rumo", disse.

Serra
Já o lançamento da campanha de Serra – um evento na sede do PSDB para a própria militância tucana - durou pouco mais de uma hora e não contou com a presença do governador Geraldo Alckmin e do prefeito Gilberto Kassab, seus principais aliados. Em seu discurso, o candidato teve que fazer um chamado à unidade dentro do próprio ninho tucano e afirmou que fará “uma campanha limpa, de propostas”. 

Dando continuidade à sua estratégia de nacionalizar a disputa, ele afirmou que a disputa paulistana será determinante para o "futuro do Brasil". “Temos que fazer uma campanha unidos. Vocês sabem que políticos disputam até rolo de barbante usado. É normal. Fui oito anos deputado, oito anos senador, sempre lidei com o parlamento e é sempre assim. Agora, na hora da eleição, temos que estar unidos, saber quem é aliado e quem é adversário”, apelou.

Serra enfrenta resistências de apoio dentro do próprio PSDB. Setores do partido ligados ao secretário de Energia, José Aníbal, que disputou as prévias partidárias com Serra neste ano, permanecem distantes da campanha. No ato desta sexta, Aníbal não estava presente, assim como Bruno Covas e Ricardo Trípoli, também pré-candidatos da prévia tucana.

Acompanhe na Rádio Vermelho discurso emocionado do pré-candidato a prefeito de São Paulo Fernando Haddad e da pré-candidata a vice-prefeita Nádia Campeão.

Rádio Vermelho - Campanha de Fernando Haddad e Nádia Campeão

terça-feira, 3 de julho de 2012

Pedido de perdão a um plenário vazio

Foram 20 minutos de discurso previamente preparado, 44 pedidos nominais intercalados de desculpa e de perdão, apenas quatro senadores no plenário, várias críticas à imprensa e à Polícia Federal e um relato dramático pincelado com frases de efeito. O senador Demóstenes Torres , acostumado a proferir, da tribuna do Senado, ataques duros contra parlamentares,-- e até mesmo contra o ex presidente Lula-- mostrou, na tarde de ontem, a face de um homem público engolido pelas próprias atitudes, completamente triturado. Numa tentativa desesperada de tentar sensibilizar seus pares e salvar o mandato, despiu-se de uma de suas maiores marcas: a vaidade. Afirmou que quem estava ali, de peito aberto para pedir perdão, era "um homem envergonhado, abatido, deprimido, cansado e esgotado". Seguiu à risca o script com tom emocional e revelou que sua rotina é passar as noites mal dormidas tentando encontrar "os cacos de sua biografia".
Os pedidos nominais de perdão foram direcionados aos senadores que o apartearam para registrar confiança e solidariedade durante o discurso proferido em 6 de março. Em nenhum momento, pediu desculpas aos mais de 2 milhões de eleitores e ao DEM, seu antigo partido.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que o defendeu de maneira incisiva durante o primeiro discurso, foi um dos citados. Ele preferiu sair do plenário para não ouvir o que o parlamentar goiano tinha a dizer.
Apelo emocional
"Minha saga, a cada fim de noite mal dormida, é buscar em jornais, revistas, blogs e tevês os cacos de minha biografia"
"Nenhum cidadão merece tal castigo, até porque o desgaste ultrapassa a pessoa do massacrado e se estende à família, e não há situação mais angustiante do que olhar nos olhos dos filhos e, em vez do brilho habitual, ver nesse olhar a pergunta: quando essa atribulação vai acabar?" ...disse Demóstenes... Correio Braziliense

Alvaro Dias foi ao Paraguai fazer intercâmbio golpista

 
http://goo.gl/dKUxD
Um golpista apoiando outro e trocando experiências sobre golpes. Assim foi a visita do senador tucano Álvaro Dias (PSDB-PR) à Cidade del Leste, no Paraguai, onde trocou figurinhas com o presidenciável Zacarías Irún, do partido golpista Colorado (espécie de demotucanos de lá).


O tucano deu apoio explícito aos golpistas, declarando achar "normal" o golpe parlamentar do impeachment relâmpago realizado em 36 horas, sem sequer dar tempo de preparar a defesa, nem dar oportunidade da população tomar conhecimento do processo político desta importância, uma vez que afeta não só o presidente deposto, mas todos os eleitores paraguaios por ele representados.

Presunçoso, o tucano disse que "exigirá" do governo Dilma que retroceda na decisão de suspender o Paraguai do Mercosul. Aproveitou para dar entrevista ao jornal ABC Color do PIG paraguaio.


Leia também:
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- Paraguai: Dessa vez a crise é nossa; os yankees apenas assistem de camarote