segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mitos sobre as cotas raciais

Por Marcelo Trindade Miterhof
1. O que a política de cotas raciais não é:
i) Uma reparação á população negra. Isso é impossível e inconcebível. Os negros de hoje não sofreram coma escravidão e os brancos de hoje não foram responsáveis por ela.
ii) Uma política de inclusão social.
2. As cotas raciais visam apenas a ser um instrumento de diversificação da elite brasileira. Em relação à inclusão social esse é um trabalho distinto, paralelo e, ainda que menos importante, também é necessário, pois o país será melhor se sua elite se reconhecer plenamente na população como um todo, o que ainda não ocorre atualmente.
3. Transformar as coras raciais em cotas sociais é um grande erro, pois:
i) os instrumentos de política social são mais numerosos e mais efetivos, a começar pelo bolsa família. Leia mais »

As políticas de ação afirmativa e o Supremo

Por Flavio tonelli vaz
Nassif e participantes do blog
Um interessante artigo publicado no Valor de hoje expressa um dos eixos da Constituição. Além da garantia de desenvolvimento nacional, com redução das desigualdades regionais; além de uma ordem econômica fundada na coecistência entre propriedade privada e na função social da propriedade; e muito além da valorização do trabalho, na existência digna, na justiça social. O autor resgata mais um ponto: a erradicação da pobreza (muito mais do que a erradicação da miséria.
Embora todos esses pontos sejam normas programáticas, são todos princípios importante que orientam a interpretação do conjunto do ordenamento jurídico.
Uma boa leitura. Abraços
Flávio Tonelli Vaz
Do Valor
A Constituição tem um programa
Por Renato Janine Ribeiro
O Supremo falou: as políticas de ação afirmativa são constitucionais. Elas consistem em tratar desigualmente os desiguais, por um tempo e como meio, para que se consiga um fim fundamental, que é promover a igualdade de direitos entre as pessoas. A unanimidade na decisão é um sinal de que a sociedade brasileira, pelo seu maior tribunal, opta pela inclusão social dos grupos que, ao longo da história, foram discriminados negativamente.
Mas vale a pena ver algumas implicações de longo prazo da decisão do STF. Comentei na semana passada que o Supremo dá mais valor a direitos humanos do que aos políticos. Nossos juízes compreendem melhor os direitos que têm pessoas - individuais ou mesmo muitos indivíduos - como titulares do que os que têm a pólis, a sociedade inteira como sujeito: por exemplo, o direito ao que se chama "democracia", o poder do povo. Conta-se que certa vez Fernando Henrique Cardoso teria reclamado de uma sentença do Supremo, má para as finanças governamentais, dizendo que "eles não pensam no Brasil". Mudando o contexto, eu poderia sugerir que os ministros pensam mais nos brasileiros do que no Brasil. Os brasileiros são titulares dos direitos humanos. Estes têm sido tratados com esmero por nossa corte suprema. Já o Brasil é a sociedade democrática que estamos construindo. A esse respeito, o STF parece ter menos convicções. Tolerou, como observei aqui, a concessão de dois governos estaduais a candidatos derrotados nas urnas. Se a reflexão dos ministros desse à questão da democracia a atenção que tem dedicado aos direitos humanos, isso não teria acontecido.
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Roberto Freire se expõe ao ridículo ao endossar trote

Por Luís Nassif, com Blog do Implacável
A notícia abaixo é um fake, perfeitamente captado por qualquer pessoa com mediano nível de informação. Pois foi tratado a sério por Roberto Freire e mereceu um twitter indignado sob o argumento que no momento tudo é possível no país. A falta de discernimento é que levou políticos como Freire a aceitar qualquer bobagem como arma de ataque. Daqui a pouco é até possível que acredite que comunista come criancinha.
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As falácias de Miro Teixeira sobre convocações da CPI

Por Rubensk
Nassif, encontrei esse texto na Hora do Povo (http://www.horadopovo.com.br/2012/05Mai/3052-02-05-2012/P3/pag3e.htm). Achei-o bem oportuno, pois se contrapõe ao argumento do deputado Miro Teixeira contra a convocação do Policarpo.
Observação: a palavra "coiteiro", que aparece no título, é um regionalismo e significa no Nordeste "aquele que dá coito, asilo ou proteção a bandidos", segundo o Houaiss.
Da Hora do Povo
Os coiteiros de "Veja"
Alguns jornais publicaram que o deputado Miro Teixeira irá propor, com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que jornalistas – por exemplo, o parceiro de Carlos Cachoeira, Policarpo Jr., da "Veja" - não pudessem ser convocados à CPMI para depor. Segundo o deputado, o citado dispositivo legal proibiria "o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo". Leia mais »

O problema de Veja é criminal, não apenas ético

Autor: 
Alguns analistas teimam em analisar o comportamento da Veja -  nas relações com Cachoeira – como eticamente condenável.
Há um engano nisso.
Existem problemas éticos quando se engana a fonte, se adulteram suas declarações, desrespeita-se o off etc.
O comportamento da Veja é passível de enquadramento no Código Penal. Está-se falando de suspeita de atividade criminosa, não apenas de mau jornalismo. Sua atuação se deu na associação com organizações criminosas visando objetivos ilegais, de obstrução da Justiça até conspiração.
O acordo da revista com o crime organizado trazia ganhos para ambos os lados:
1. O principal produto de uma revista é a denúncia. O conjunto de denúncias e factóides plantados por Cachoeira permitiram à revista a liderança no mercado brasileiro de opinião - influenciando todos os demais veículos -, garantiu vendagem, permitiu intimidar setores recalcitrantes. O poder foi utilizado para tentar esmagar concorrentes da Abril no setor de educação. Principalmente, fê-la conduzir uma conspiração visando constranger Executivo, Legislativo, Supremo e Ministério Público. Leia mais »

Domingo Espetacular mostra a influência de Carlinhos Cachoeira sobre a revista Veja

Reportagem registra acesso às ligações entre revista e um dos chefes do jogo do bicho.
O jornalístico da Record teve acesso às gravações de telefonemas entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso acusado por 15 delitos, o diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e mostra o esquema em que o contraventor controlava o que seria publicado na principal revista da editora Abril.

Os documentos a que o Domingo Espetacular teve acesso com exclusividade trazem provas de que as informações trocadas entre Cachoeira e o diretor da Veja resultaram ao menos em cinco capas da revista de maior circulação do País.

As gravações registram ainda que a influência esbarra em outras esferas do poder, como na pressão para demissão da cúpula do Ministério dos Transportes, que havia se desentendido com um dos aliados do contraventor, a construtora Delta. Por meio do que Cachoeira passava para ser publicado na Veja, vários funcionários do ministério foram afastados.

Cachoeira se orgulha de “plantar” notícias na Veja em benefício próprio e sabe até quando determinadas matérias sairão.

Veja a transcrição de alguns trechos dos diálogos:


R7 Notícias

Ligações Perigosas