Da Agência Estado
A campanha de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo vai resgatar intelectuais afastados da política. O programa de governo do ex-ministro da Educação terá participações especiais de renomados pesquisadores e professores universitários, que se distribuirão em comissões temáticas para discutir os principais problemas da capital paulista.
O diagnóstico será somado a pesquisas encomendadas ao publicitário João Santana, responsável pela propaganda de TV do candidato, com o objetivo de verificar as prioridades da população. "O que se observa, hoje, é um divórcio entre a sociedade e a administração. A ideia é que a campanha de Haddad crie um movimento suprapartidário para um processo de reflexão sobre a cidade", resumiu o cientista político Aldo Fornazieri, coordenador técnico do programa de governo.
Há uma semana, cerca de 100 intelectuais - entre pesquisadores e professores da USP, Unicamp, Unifesp e Fundação-Escola de Sociologia e Política - reuniram-se com Haddad. Muitos afastados da política partidária, decidiram colaborar com a campanha e se reaproximar do PT. Na lista constam nomes como Olgária Matos, Ruy Fausto, Leda Paulani, Ricardo Carneiro e Walquíria Leão Rego. O primeiro seminário temático da plataforma de governo, sobre educação, está marcado para hoje e será coordenado pelo professor Mário Sérgio Cortella
"Ponho minha mão no fogo pelo Fernando, mas, se ele estivesse com Kassab e Meirelles no palanque, ia votar quietinha, mas não participaria", disse Leda Paulani, professora titular do Departamento de Economia da USP, numa referência ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) e ao ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. "Seria contraditório com tudo o que escrevi."
Integrante do PSD de Kassab, Meirelles chegou a ser cotado para vice de Haddad, mas a aliança com o PT naufragou depois que o ex-governador José Serra (PSDB) entrou no páreo. Paulani respirou aliviada e promete ajudar no programa. Ela se desfiliou do PT depois da crise do mensalão e diz estar feliz por voltar a "lutar de novo" na política.
"Sabemos como o Fernando pensa e ele tem a capacidade de aglutinar as pessoas. Se fosse outro candidato do PT, seguramente não teria", afirmou a economista. Para a professora Walquíria Leão Rego, titular do Departamento de Ciência Política da Unicamp, os intelectuais de esquerda estão dispostos a resgatar a militância política.
"Chegou o momento crucial e há o sentimento de que temos de fazer alguma coisa, mesmo sem tribuna. Não podemos deixar que o Serra faça com o Haddad o que fez com a Dilma em 2010", argumentou Walquíria, numa alusão ao confronto religioso que marcou a campanha entre o ex-governador e a petista Dilma Rousseff, eleita presidente. "Para os tucanos, o combate em São Paulo é de vida ou morte", disse a socióloga, que tem vários estudos sobre o programa Bolsa Família.
As comissões temáticas encarregadas de apresentar propostas para o programa de governo terão dois coordenadores: um será indicado pelo PT e outro, pelo grupo de intelectuais. O comitê de Haddad promoverá, ainda, seminários sobre vocação econômica de São Paulo, desenvolvimento e inovação, meio ambiente e economia verde, saúde, transportes e mobilidade urbana.
O diagnóstico será somado a pesquisas encomendadas ao publicitário João Santana, responsável pela propaganda de TV do candidato, com o objetivo de verificar as prioridades da população. "O que se observa, hoje, é um divórcio entre a sociedade e a administração. A ideia é que a campanha de Haddad crie um movimento suprapartidário para um processo de reflexão sobre a cidade", resumiu o cientista político Aldo Fornazieri, coordenador técnico do programa de governo.
Há uma semana, cerca de 100 intelectuais - entre pesquisadores e professores da USP, Unicamp, Unifesp e Fundação-Escola de Sociologia e Política - reuniram-se com Haddad. Muitos afastados da política partidária, decidiram colaborar com a campanha e se reaproximar do PT. Na lista constam nomes como Olgária Matos, Ruy Fausto, Leda Paulani, Ricardo Carneiro e Walquíria Leão Rego. O primeiro seminário temático da plataforma de governo, sobre educação, está marcado para hoje e será coordenado pelo professor Mário Sérgio Cortella
"Ponho minha mão no fogo pelo Fernando, mas, se ele estivesse com Kassab e Meirelles no palanque, ia votar quietinha, mas não participaria", disse Leda Paulani, professora titular do Departamento de Economia da USP, numa referência ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) e ao ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. "Seria contraditório com tudo o que escrevi."
Integrante do PSD de Kassab, Meirelles chegou a ser cotado para vice de Haddad, mas a aliança com o PT naufragou depois que o ex-governador José Serra (PSDB) entrou no páreo. Paulani respirou aliviada e promete ajudar no programa. Ela se desfiliou do PT depois da crise do mensalão e diz estar feliz por voltar a "lutar de novo" na política.
"Sabemos como o Fernando pensa e ele tem a capacidade de aglutinar as pessoas. Se fosse outro candidato do PT, seguramente não teria", afirmou a economista. Para a professora Walquíria Leão Rego, titular do Departamento de Ciência Política da Unicamp, os intelectuais de esquerda estão dispostos a resgatar a militância política.
"Chegou o momento crucial e há o sentimento de que temos de fazer alguma coisa, mesmo sem tribuna. Não podemos deixar que o Serra faça com o Haddad o que fez com a Dilma em 2010", argumentou Walquíria, numa alusão ao confronto religioso que marcou a campanha entre o ex-governador e a petista Dilma Rousseff, eleita presidente. "Para os tucanos, o combate em São Paulo é de vida ou morte", disse a socióloga, que tem vários estudos sobre o programa Bolsa Família.
As comissões temáticas encarregadas de apresentar propostas para o programa de governo terão dois coordenadores: um será indicado pelo PT e outro, pelo grupo de intelectuais. O comitê de Haddad promoverá, ainda, seminários sobre vocação econômica de São Paulo, desenvolvimento e inovação, meio ambiente e economia verde, saúde, transportes e mobilidade urbana.
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