Por Altamiro Borges
Miami possui a maior concentração de venezuelanos residentes
nos EUA – cerca de 190 mil. Parte deles migrou para a cidade após as primeiras
medidas de Hugo Chávez favoráveis aos setores mais excluídos do país e contra os
privilégios dos ricaços. O próprio prefeito de Doral, Luigi Boria, é um
venezuelano radicado nos EUA, filiado ao Partido Republicano e famoso por
suas posições reacionárias. Ele participou da festa e afirmou que a morte de
Hugo Chávez possibilitará que oposição oligárquica retome ao poder na Venezuela.
Logo após o anúncio da morte de Hugo Chávez, um grupo de venezuelanos
residentes nos EUA saiu às ruas de Doral, subúrbio de Miami, para festejar.
No ato macabro, que evidencia todo o reacionarismo das elites, eles aplaudiram
e esbravejaram contra o líder bolivariano. Segundo a agência Associated Press, eram
poucas pessoas, mas com forte sentimento anti-Chávez. “Estamos festejando a
abertura de uma nova porta, de esperança e transformações”, justificou
Ana San Jorge, uma das manifestantes histéricas.
A festança da direita em Miami é a expressão do ódio de
classe. Ela gerou indignação inclusive no escritor brasileiro Paulo
Coelho, que enviou mensagem na sua conta no twitter: “¿Murió Hugo Chávez
y hay gente que se
alegra? La burla al dolor ajeno, sólo demuestra la pobreza y miseria
humana”. Fora
de Miami, nas redes sociais e nas redações de alguns veículos midiáticos
do Brasil, outras
figuras patéticas e elitistas também devem estar festejado a morte do
líder
bolivariano, que tanto medo causava aos ricaços.
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