Você gostaria de ser dono de 20% uma grande e lucrativa faculdade privada numa grande cidade, por um valor de um apartamento de classe média modesto? E em condições camaradas, pagando em 25 parcelas correspondentes a menos da metade de seu salário?
Pois o senador Demóstenes Torres (DEMos/GO) é um felizardo que conseguiu essas condições através de um sócio milionário de Goiás, dono de laboratório!
Calma, gente! Desta vez não estou falando do "professor"-bicheiro Carlinhos Cachoeira. O senador tem outros amigos endinheirados.
O sócio milionário é Marcelo Henrique Limirio Gonçalves, ex-dono do laboratório Neoquímica e sócio da Hypermarcas. Foi quem entrou com o grosso do dinheiro para implantar a faculdade, e fez este negócio de pai para filho com Demóstenes.
O contrato social da empresa mantenedora da faculdade prova:
http://goo.gl/psYA3 Primeira alteração do Contrato Social, mudando a denominação. |
http://goo.gl/R88iD Contrato Social original com a participação de cada sócio e forma de injetar o dinheiro . |
http://goo.gl/vmBpW Registro no MEC mostra que empresa de Demóstenes é a mantenedora da Nova Faculdade. |
O milionário Marcelo Limírio entrou com R$ 600 mil no ano de 2008, para botar a faculdade de pé.
Demóstenes Torres entrou com R$ 200 mil, mas em 25 prestações de R$ 8 mil por mês (suaves, para quem tem salários de senador e de ex-procurador do Ministério Público de Goiás). As prestações só terminaram de serem pagas em março de 2010.
A terceira sócia foi assessora de Demóstenes no gabinete do Senado, até assumir a direção do instituto, e também entrou no negócio exatamente com as mesmas condições do senador.
http://goo.gl/3XlqH |
O problema é que Demóstenes não é filho de Marcelo Limírio, e seus maiores atrativos são ocupar um estratégico cargo de Senador, presidente da CCJ no Senado, tem trânsito no governo de Goiás, é irmão do Procurador-Geral do Estado de Goiás, tem relacionamento pessoal com ministros do STF como Gilmar Mendes.
Se Demóstenes fosse ministro da Dilma, ele já estaria pré-condenado por suposto tráfico de influência, corrupção passiva, e coisas do gênero. E ele, como Senador, tem que explicar a seus eleitores as razões que levaram um milionário a fazer um negócio de pai para filho beneficiando ele. O caso é mais esquisito do que a cozinha importada ganha de Carlinhos Cachoeira.
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