Redação Conversa Afiada
A Folha (*) publicou na página 3 artigo do dono e fundador das Casas Bahia, aquela que inventou o “quanto quer pagar ?”:… após décadas de maturação política e econômica, com marchas e contramarchas, golpes e contragolpes, desencadeamos o círculo virtuoso do desenvolvimento sustentável: em ação surge uma vibrante classe média, cada vez mais numerosa, girando a roda da produção e dos serviços.
Para atender a essa extraordinária nova demanda de consumo em massa, nosso mercado interno cresce a cada ano e, assim, cria mais trabalho, renda e dignidade para a população. De quebra, também acaba protegendo o país da grave crise que vem paralisando algumas das principais economias globais.
Assim como aconteceu na formação de grandes potências mundiais -e os Estados Unidos são sempre a melhor referência histórica de uma formidável democracia alicerçada sobre uma enorme classe média-, o palco socioeconômico brasileiro cresceu e amadureceu. O que se vê hoje são os novos rostos brasileiros ocupando papéis de protagonistas na vida do país. São pessoas que passaram a deter capacidade financeira para comprar do carro zero ao computador, da casa nova ao pacote de viagens.
…
Sem precisar entrar na questão do que veio antes, “o ovo ou a galinha”, não resta dúvida de que as linhas de crédito oferecidas pelas grandes redes varejistas possibilitaram à massa da população o acesso a bens de consumo antes restritos apenas às elites.
Ao impulsionar esse novo consumo, o comércio popular alavancou a produção industrial e desencadeou esse círculo virtuoso que está gerando uma sociedade mais dinâmica, consciente de seus direitos e deveres e, sobretudo, mais justa.
MICHAEL KLEIN é presidente do conselho de administração da Globex, holding que abriga as marcas Casas Bahia e Ponto Frio.
Na mesma pagina, ao lado, a Folha demonstra que a Classe C é uma dessas miragens criadas pelo marqueteiro que, aqui, atende pelo nome de Nunca Dantes:
Classe C
Classe C
Vinicius Mota, em “Futuro com classe” (pág. A2, ontem), elenca os motes que tivemos que suportar nos últimos anos, como a queda do muro de Berlim, da União Soviética (que visa dar a sensação do fim do comunismo) etc., dentre os quais o mais recente seria “o potencial transformador da classe C”, vaticinado pelo economista Samuel Pessoa.
De fato, são motes sem conteúdo, expressões vazias, como as do presidenciável Aécio Neves na mesma edição (“Retrato do Brasil”), de que o país cresceu, o desemprego caiu etc., para ele um paradoxo diante do retrato que vê de nosso nanismo social e econômico. Cresceu em quê e onde? À luz do sol vegetamos, por obra e graça da natureza. Por ação institucional, somos como caranguejos fadados a morrer na praia.
PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS, sociólogo (Campinas, SP)
O PiG (**) vai morrer antes de descobrir onde fica a Classe C.
Os tucanos de São Paulo, expressão eleitoral do PiG (**), desconfiam que a Classe C fique entre a Primeira e a Executiva.Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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