Foto: Divulgação
Nova edição do livro de Amaury Ribeiro Júnior, que lidera listas de mais vendidos, dará ênfase a uma guerra interna que atingiu o coração da campanha de Dilma à presidência; o alvo é Rui Falcão, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores
247 – Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, o jornalista Rui Falcão sofreu uma pequena humilhação na semana que passou. Soube pela imprensa que o cientista Marco Antônio Raupp seria o novo ministro da Ciência e Tecnologia, na cota do PT, sem sequer ter sido consultado pela presidente Dilma Rousseff a respeito da mudança. Falcão estava de plantão em Brasília, esperando por uma audiência no Palácio do Planalto, e voltou a São Paulo frustrado.
A aparente descortesia, para quem conhece o núcleo duro do governo Dilma, tem origem na campanha presidencial de 2010. Atribui-se a Falcão o vazamento de informações estratégicas da casa no Lago Sul onde estava montado o quartel-general da tropa de Dilma. Manipuladas pela revista Veja, tais informações deram origem a uma reportagem devastadora. Nela, dizia-se que, naquela mansão, produziam-se dossiês com dados fiscais de parentes de José Serra. O episódio atingiu em cheio o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, que foi indiciado pela Polícia Federal, embora sempre tenha sustentado a versão de que as informações em seu poder seriam usadas num futuro livro sobre as privatizações.
Além de Amaury, o livro atingiu a estrutura de comunicação da campanha, tirando de cena o jornalista Luiz Lanzetta e também a equipe montada pelo atual ministro Fernando Pimentel. Com isso, a ala paulista do PT, liderada por Rui Falcão e Antônio Palocci ocupou o espaço, mas o episódio deixou feridas que ainda não estão cicatrizadas.
Agora, depois de ter vendido 120 mil exemplares, Amaury prepara a vingança. Nas próximas reimpressões, que serão feitas pela Geração Editorial, ele incluirá novos documentos e detalhará mais o episódio que culminou com seu indiciamento. Rui Falcão será acusado de ter alimentado o fogo amigo no PT e vazado informações para a revista Veja. Um episódio que Dilma, aparentemente, ainda não perdoou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário